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Marcha de mulheres em Israel em protesto pela libertação de mais de 100 reféns: venha conhecer a poderosa mobilização feminina

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Um grupo de manifestantes liderado por mulheres marcharam e bloquearam a principal rodovia de Tel-Aviv, em Israel, na noite desta quarta-feira, 24. O protesto pede a libertação de mais de cem pessoas que são feitas reféns pelo grupo terrorista Hamas.

De acordo com o jornal The Times Of Israel, cerca de 5 mil manifestantes se reuniram em uma rua de Tel-Aviv e marcharam até a Rodovia Ayalon. Eles gritavam palavras de ordem exigindo um acordo imediato para a libertação dos reféns. “Parem o mundo, nossos irmãos estão lá [Faixa de Gaza].”

Durante os protestos, alguns manifestantes chegaram a entrar em com a polícia. Eles bloquearam a rodovia, mas os agentes conseguiram liberar o trânsito depois de cerca de 30 minutos.

Em Jerusalém, capital de Israel, dezenas de manifestantes também foram às ruas na noite desta quarta-feira. Assim como em Tel-Aviv, eles pediam a libertação das pessoas que foram sequestradas por extremistas islâmicos em 7 de outubro de 2023. “Nossas irmãs são feitas reféns, as mulheres saem às ruas.”

Os protestos começaram depois que os veículos de imprensa divulgaram que Israel e Hamas estavam negociando um cessar-fogo prolongado e um acordo para a libertação de reféns. As conversas estão sendo mediadas pelos Estados Unidos, pelo Egito e pelo Catar.

“As mulheres estavam e ainda estão mudando a realidade e desta vez também faremos isso”, informou o grupo de manifestantes mulheres. “Pela vez temos esperança. Vamos unir as mulheres de todos os setores com um apelo ao governo para que avance num acordo para devolver os reféns.”

Israel negocia com Hamas

De acordo com as autoridades israelenses, as negociações com o grupo terrorista estava avançando, mas o Hamas ampliou as exigências, o que teria impedido qualquer acordo. 

Os terroristas querem que Israel liberte todos os prisioneiros palestinos, que passam dos milhares. Entre eles, há detentos condenados por ataques mortais contra israelenses e centenas de terroristas do Hamas que participaram do ataque de 7 de outubro. No massacre, mais de 1,2 mil israelenses foram assassinados. 

Além disso, o Hamas exige o fim da ofensiva de Israel e a retirada permanente de todas as forças militares de israelenses da Faixa de Gaza.

um funcionário egípcio à agência de notícias Associated Press, Israel propôs um cessar-fogo de dois meses. O país aceitaria soltar presos palestinos em troca de libertação de todos os reféns. 

O servidor egípcio, que não quis se identificar, também informou que o Hamas rejeitou a proposta de Israel e insistiu que não haverá libertação de mais reféns até que Israel cesse os ataques e retire as tropas de Gaza.

O governo de Israel não quis comentar as negociações.

Protesto na fronteira de Israel com Gaza

Alguns manifestantes foram até a fronteira de Kerem Shalom com a Faixa de Gaza e tentaram impedir a entrada de ajuda humanitária na região do conflito. Nesta quarta-feira, eles diziam que Israel não deveria facilitar a entrada de ajuda até que os reféns fossem libertados.

Segundo o Ynet, 60 caminhões tentaram entrar na Faixa de Gaza para levar recursos e ajuda humanitária. Apenas nove veículos conseguiram entrar, os outros 51 voltaram para o Egito, depois de aguardarem por seis horas e serem impedidos pelos manifestantes.

“É sempre uma loucura ajudar o inimigo, mas é especialmente doido fazer isso hoje, um dia depois de terem matado 24 dos nossos soldados”, disse a manifestante Reut Ben Haim ao . “Enquanto se preparam para continuar a disparar contra as nossas cidades, mesmo quando detêm mais de 130 dos nossos soldados e nossos reféns.”

Em 7 de outubro, quando aconteceu o ataque terrorista contra Israel, o Hamas sequestrou 253 pessoas. O governo acredita que 132 reféns seguem em Gaza, porém, nem todos vivos, estima-se que 28 morreram. 

Os terroristas libertaram 105 civis em novembro. Outros quatro reféns foram libertados antes disso. Já 11 reféns tiveram as mortes confirmadas, sendo que três foram mortos por engano por militares israelenses.

Fonte: revistaoeste

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