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Maduro propõe uma nova era nas relações com os Estados Unidos

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O ditador da Venezuela, , propôs nesta sexta-feira, 31, um “novo começo” nas relações bilaterais com os Estados Unidos, depois da visita do enviado especial do presidente dos EUA, , a Caracas. A conversa se concentrou principalmente na deportação de migrantes venezuelanos e na libertação de prisioneiros norte-americanos. 

Pouco depois do encontro, seis prisioneiros foram liberados pelo regime chavista.

O encontro aconteceu poucos dias depois de Trump anunciar a suspensão do status de proteção temporária (TPS) concedido pelo governo de Joe Biden a cerca de 600 mil venezuelanos solicitantes de asilo. Essa medida, que permitia a permanência no país por motivos humanitários, faz parte de um plano maior para realizar a “maior deportação em massa da história” dos Estados Unidos. 

No ano passado, os venezuelanos foram a terceira nacionalidade mais apreendida na fronteira entre os EUA e o México.

O governo chavista divulgou uma nota depois da reunião, na qual diz ter proposto uma “agenda zero” ao enviado especial Richard Grenell. O encontro no Palácio de Miraflores, em Caracas, contou também com a presença da vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e do chefe do Parlamento, Jorge Rodríguez. 

Segundo a mídia estatal venezuelana, Maduro aceitou conversar com o enviado norte-americano de maneira “respeitosa e soberana”. O ditador teria dito que os acordos firmados entre os países seriam fruto de consenso e não de imposição de nenhuma das partes.

Caracas rompeu relações diplomáticas com Washington em 2019, quando a reconheceu o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, depois do boicote da oposição às eleições presidenciais de 2018, consideradas fraudulentas e sem transparência. 

No ano passado, o Departamento de Estado dos EUA reconheceu a vitória do opositor Edmundo González nas eleições presidenciais, amplamente acusadas de fraude pela oposição, liderada pela ex-deputada María Corina Machado, e por grande parte da comunidade internacional.

Até hoje, o regime venezuelano não apresentou as atas eleitorais que comprovem o resultado. González, atualmente exilado em Madrid, esteve presente na posse de Trump, no último dia 20.

Em uma coletiva de imprensa na sexta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi questionada se a visita de Grenell significava o reconhecimento da vitória de Maduro, que iniciou seu terceiro mandato consecutivo em 10 de janeiro. “Absolutamente não”, disse ela.

A porta-voz afirma que o objetivo da visita era persuadir a Venezuela a aceitar os voos de deportação de migrantes indocumentados e liberar os cidadãos norte-americanos detidos no país.

O atual secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, alinhado à agenda anti-imigração ilegal de Trump, criticou Biden por negociações com Maduro no passado. O governo democrata suspendeu sanções à indústria petrolífera venezuelana em troca da promessa de eleições livres e justas, que não ocorreram. As sanções foram restabelecidas, porém de forma mais branda.

Mauricio Claver-Carone, enviado especial dos EUA para a América Latina, afirma que o presidente Trump “espera que Nicolás Maduro aceite de volta todos os criminosos venezuelanos e membros de gangues que foram exportados para os Estados Unidos, e que o faça de forma inequívoca e incondicional”.

Fonte: revistaoeste

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