O ditador da , Nicolás Maduro, fez uma piada nesta segunda-feira, 14, sobre uma suposta fuga do país da líder opositora .
A política escondeu-se depois que a forças de segurança de Maduro a ameaçaram de prisão por suas denúncias de fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho.
“Ela, que fugiu do país – não contem a ninguém -, ela saiu do país, minhas fontes me dizem que ela fugiu”, ironizou Maduro, sorridente, durante seu programa de televisão, sem citar o nome da opositora.
“São covardes. São bons para enviar mensagens de ódio, de intolerância, mas se foi, chegaram as malas Gucci”, acrescentou o ditador, que em seguida cantou: “E partiu e seu navio chamou”, frase da canção popular “Um veleiro chamado Liberdade”, de José Luis Perales e Carlos Rivera.
O ditador insiste há algumas semanas que a opositora, escondida há dois meses, está se preparando para deixar o país, assim como fez o candidato Edmundo González Urrutia.
Também perseguido por Maduro, González obteve asilo na Espanha após um mandado de prisão emitido contra ele por uma investigação relacionada às denúncias de fraude nas eleições.
María Corina: “Quem vai sair é Nicolás Maduro”
Diversos veículos de imprensa tentam localizar Corina em busca de um novo posicionamento. Mas não há resultados concretos. “Estou onde me sinto mais útil para a luta, na Venezuela”, disse Machado à agência AFP em uma entrevista no final de setembro.
No início de outubro, ela insistiu: “Aqui, quem vai sair é Nicolás Maduro. Eu continuo com os venezuelanos”.
Maduro foi proclamado vencedor da eleição de 28 de julho com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de controle governista. O órgão ainda não divulgou as atas de votação detalhadas, como a lei exige. Alega que seu sistema foi alvo de ataque cibernético.
Sob a liderança de Corina, a oposição reivindica a vitória de González Urrutia. Nesse sentido, publicou em um site cópias de quase 80% das atas de votação. Os documentos demonstrariam a vantagem de seu candidato. O chavismo nega a validade do material.
União Europeia, países latino-americanos e, principalmente, os Estados Unidos não reconheceram a reeleição de Maduro. Ao contrário: dizem que González foi o vencedor e acusam a ditadura venezuelana de promover perseguições políticas e violenta repressão contra opositores, com milhares de detenções, inclusive de jovens e adolescentes.
Fonte: revistaoeste