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Macron revela otimismo ao afirmar que o ápice de manifestações na França ficou para trás

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O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira, 4, que o pico dos protestos em todo o país já passou, após uma semana de violência nas ruas francesas. Ainda assim, o mandatário disse que ainda permanece “cauteloso”.

O comentário foi feito durante uma reunião com mais de 200 prefeitos de áreas afetadas pelos distúrbios. O líder francês disse que convidou os governantes locais para agradecer pelas ações que tomaram nos últimos dias.

“O retorno à calma é duradouro? Terei , mas o pico que vivenciamos nos últimos dias já passou”, disse Macron. “Se você está aqui é porque foi vitimizado, às vezes você foi vitimizado de forma muito direta e pessoal, suas famílias e entes queridos, de uma forma intolerável e indescritível.”

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O Ministério do Interior afirmou que os níveis de violência caíram pela metade nas últimas 24 horas. Mais de 3 mil pessoas foram detidas desde terça-feira da semana passada, após o destacamento de 45 mil policiais em todo o país para conter os protestos. No fim de semana, o ministro do Interior disse que a força policial implementada permaneceria a mesma. Ao todo, centenas de pessoas foram presas, e é estimado que os tumultos tenham causado milhões de euros em danos ao transporte público apenas na região de Paris.

Além disso, várias pessoas, incluindo policiais, ficaram feridas em confrontos de rua. Um bombeiro também morreu na noite de domingo ao tentar apagar carros em chamas.

Na última segunda-feira, 3, prefeitos de toda a França realizaram manifestações pedindo o fim da violência depois que agressores colocaram fogo em um carro na casa de Vincent Jeanbrun, prefeito de L’Haÿ-les-Roses, a 15 quilômetros de Paris, na madrugada de sábado, enquanto sua família estava dormindo. Jeanbrun estava na prefeitura no momento do ataque, mas sua esposa e um de seus dois filhos (de 5 e 7 anos), ficaram feridos durante a fuga. A esposa do prefeito quebrou a perna.

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A violência começou na terça-feira 27, em Nanterre, nos arredores de Paris, depois da morte de Nahel, de 17 anos, atingido por um disparo à queima-roupa efetuado por um policial durante uma blitz.

O reacendeu a raiva da população, que acusa as forças de segurança de racismo sistemático. Os manifestantes também provocaram uma discussão mais ampla sobre o poder da polícia e a relação entre as autoridades e as pessoas dos subúrbios da França, que se sentem segregadas dos prósperos centros urbanos do país.

O policial acusado de matar Nahel foi indiciado por homicídio voluntário. Ele disse que atirou porque sentiu que sua estava em perigo.

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