O Radar mostrou na edição de VEJA que está nas bancas que Lula havia enviado Celso Amorim, o seu principal assessor especial, para passar cinco dias na Noruega nesta semana, para participar de um fórum em Oslo e se reunir com autoridades do país europeu.
Mas a viagem caiu. Nesta quarta, o presidente publicou no Diário Oficial da União um despacho cancelando o afastamento do país do ex-ministro das Relações Exteriores, que tem atuado como uma espécie de chanceler informal do governo. Ele deveria ter ficado em Oslo do último domingo até esta quinta-feira.
Questionado sobre o motivo do cancelamento, Amorim respondeu ao Radar que nunca teve certeza absoluta que iria à Noruega e tinha que pedir a autorização com antecedência, caso contrário não haveria tempo.
“Estava avaliando vários aspectos, quais serão as possibilidades, quando é que eu tinha que estar aqui de volta, e também a própria visita da Ursula von der Leyen [presidente da Comissão Europeia, na segunda-feira], pesar um pouco a importância que teria, o que eu poderia, com o fato de ter tido a minha própria experiência. No final das contas, eu pesei e achei que era mais importante ficar. E o ônus de anular é muito menor do que o ônus de ter que pedir depois do prazo. Então foi por isso. Na realidade, não há nada de excepcional”, explicou.
O ex-chanceler disse ainda que não haveria um encontro internacional com outras autoridades, à exceção da visita de cortesia que ele faria ao primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, que “naturalmente era importante”.
“E, me pareceu, no final, eu acho que certamente foi mais importante ter ficado e ter ajudado, ter assistido à visita da presidenta da União Europeia. Não é uma coisa menor. Claro que já estava prevista, mas a gente vai levando em conta, as coisas vão alterando, os fatos vão ocorrendo. Foi isso. Nada de dramático”, concluiu.
Fonte: Veja