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Líder do Chega critica interferência da esquerda em coalizão de centro-direita em Portugal

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André Ventura, líder do partido de direita Chega, usou as redes sociais em 12 de março para criticar a Aliança Democrática (AD), coalizão da centro-direita do país.

Ele cobrou que o , o único integrante da coalizão com ideias de centro-esquerda, converse com o Chega para realizar acordos para a criação de um novo governo, mais voltado às ideias conservadoras.

“Há um partido, nesse caso o PSD, AD, mas que é o PSD, que insiste que temos de aprovar tudo que eles querem”, disse André Ventura. “Sem termos qualquer acordo, negociação ou conversação. Vocês não votaram para isso. Não votamos para isso.”

Ele afirmou que os portugueses escolheram um governo de coalizão. “Os portugueses sabiam o que cada um dos líderes tinha dito”, comentou o líder do Chega. “E sabiam quais eram as condições de cada um. Optaram por não dar maioria a ninguém para que se negocie, se chegue a um acordo, uma convergência.”

André Ventura também explicou que o Chega fez história ao conseguir mais de 1 milhão de votos e ao se consolidar como o terceiro maior partido do país. Nas eleições portuguesas, era comum que apenas dois partidos se destacassem.

“Temos um cenário de maioria clara à direita”, afirmou André Ventura. “Não sabemos ainda quem será o partido mais votado, mas sabemos que o sistema político português se transformou. Não temos hoje dois partidos grandes, temos três.”

Durante o vídeo, André Ventura criticou o PSD e acusou a sigla de estar ligada ao Partido Socialista, que é de centro-esquerda. Ele diz que a sigla exige que o Chega a apoie sem estabelecer diálogo.

“O PSD, tão ligado que está ao PS, não percebeu isso e continua a cavalgar na ideia de que ou o apoiamos ou nada”, criticou o político. “Mas querem que o apoiemos sem nada, sem acordo, sem conversa, sem as nossas medidas, sem os nossos princípios. Queria dizer-vos a todos que tudo fiz. Tudo estou a fazer para que haja estabilidade em Portugal, mas não nos podem pedir estabilidade nos espezinhando-nos, humilhando-nos.”

Direita de Portugal consegue quase 40 cadeiras a mais no Parlamento

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A coligação Aliança Democrática e os partidos Chega e Iniciativa Liberal (IL) tiveram um avanço significativo na quantidade de cadeiras conquistadas nas eleições da Assembleia da República de Portugal. O pleito aconteceu no domingo 10. 

Agora, a direita de Portugal ocupa 135 cadeiras no Parlamento, o que representa um crescimento de 39%, em comparação com 2022, quando tinha um total de 97 assentos. Os dados foram divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) do país.  

Sozinho, o partido Chega, criado em 2019, obteve 18,06% dos votos e garantiu 48 cadeiras das 230 disponíveis. Nas eleições legislativas antecipadas de 2022, conseguiu eleger 12 deputados, elevando-se para a posição de terceira maior força política do país. Com o resultado do pleito deste ano, o partido registrou um crescimento de 300%.

Os 48 assentos na Assembleia reforçam o Chega como a terceira maior bancada, atrás da Aliança Democrática (79 deputados), de centro-direita, e do Partido Socialista (77), de centro-esquerda.  

Já a Aliança Democrática, coligação formada por Partido Social Democrata, Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-OO) e Partido Popular Monárquico (PPM), aumentou sua representação no Parlamento de 77 para 79 assentos. Enquanto isso, a Iniciativa Liberal manteve seu número de cadeiras em oito.

A AD pode formar uma coalizão com o Chega para ter maioria no Parlamento e constituir um governo. Ainda é preciso contabilizar os votos dos portugueses que moram fora do país. Os emigrantes são responsáveis pela eleição de quatro deputados.

Fonte: revistaoeste

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