O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, chegou à Rússia para encontro com o presidente Vladimir Putin. A informação foi confirmada pela agência nacional de notícia russa, a Tass, na manhã desta terça-feira, 12.
A reunião suscitou preocupações dos Estados Unidos. Os norte-americanos temem que os líderes entrem em um acordo de armas e, assim, fortaleçam o poderio bélico de Moscou na guerra contra a Ucrânia.
O encontro entre os líderes, alvos de sanções do Ocidente, era objeto de especulação havia dias, mas apenas agora foi confirmado oficialmente pelo Kremlin.
O encontro entre o ditador norte-coreano e o presidente russo acontecerá em Vladivostok, cidade portuária próxima à fronteira entre os dois países, na costa sudeste da Rússia. Segundo a agência de notícias russa Interfax, o encontro foi preparado “há muito tempo”.
Leia mais: Coreia do Norte tortura, escraviza, estupra e mata cristãos, mostra relatório
Logo depois da confirmação da reunião entre Putin e Kim, os Estados Unidos afirmaram que qualquer acordo de armas pode desencadear novas sanções norte-americanas.
“Ao ter que viajar por seu próprio país para se encontrar com um pária internacional e pedir-lhe ajuda em uma guerra que esperava vencer no primeiro mês, eu descreveria como uma súplica por ajuda”, disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller.
Parceria militar e econômica
A Oeste acompanha acordos entre os dois países desde o começo do ano. Em julho, por exemplo, oficiais da Rússia e da China foram recebidos na Coreia do Norte para demonstrar as novas armas que o Exército norte-coreano possui. Mísseis intercontinentais e drones espiões foram alguns dos equipamentos bélicos exibidos por Kim Jong-un na ocasião.
No início de agosto, o ditador norte-coreano pediu a condução de exercícios de guerra para garantir a operação eficiente das armas e equipamentos mais novos do país. Ele, contudo, não apresentou mais detalhes sobre os motivos de tais declarações.
Leia também: Ameaça: ditador da Coreia do Norte lança submarino nuclear; veja vídeo
Fonte: revistaoeste