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Lula assina 15 acordos comerciais com a China e causa preocupação em setores da economia brasileira

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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi Jinping, assinaram 15 acordos comerciais nesta semana. Um dos contratos trata da cooperação para o desenvolvimento de tecnologias, do intercâmbio de conteúdos de entre os países e da ampliação das relações comerciais.

Segundo consultados por Oeste, o estreitamento de laços com Pequim pode causar um colapso na economia brasileira. O jornalista Rafael Fontana, por exemplo, acredita que o Brasil aderiu à Nova Rota da Seda. “É um programa de exportação de mão de obra e desova de matéria-prima da China”, afirmou. “Ao mesmo tempo em que a China diz oferecer infraestrutura, a ditadura comunista empurra goela abaixo contratos com empresas chinesas — que devem ser aceitos por seus novos parceiros explorados. Para completar, os chineses fornecem empréstimos a juros escorchantes.”

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O analista político internacional Ivan Kleber diz que a China tem planos para dominar o Ocidente. Esse projeto teria começado no terceiro mandato de Xi, que se consolidou como uma liderança forte no país.

Kleber acrescenta que o plano é ter o ditador chinês como o condutor da “subversão” dos países ocidentais, que resultará no enfraquecimento dos Estados Unidos. Isso deve provocar a “desdolarização” do mundo.

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Brasil versus hegemonia chinesa

Já o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo assegurou que os acordos entre o Brasil e a China nunca têm objetivos unicamente comerciais, mas, sim, políticos. A ideia de Pequim, nesse caso, é consolidar a hegemonia chinesa no mundo.

Araújo também comentou os possíveis danos dos acordos ao agronegócio brasileiro. “É errado pensar que a China é importante para o agronegócio, por ser o nosso principal mercado”, observou. “Na verdade, é o contrário. Não é o Brasil que está produzindo e a China que está lá, passivamente, comprando. Não. O agronegócio brasileiro é importante apenas porque está inserido na estratégia do PCC de se firmar como fonte prioritária de alimentos para a sua população. A China vem e ‘manda’ o agronegócio brasileiro produzir o que ela quer, quando quer, como quer.”

O ex-ministro também disse que o comércio em moeda chinesa deve fortalecer a ditadura comunista. “Hoje, com o comércio sendo feito em dólares, o Brasil tem um saldo de US$ 10, US$ 20, US$ 30 bilhões ao fim do ano”, afirmou. “Com esses dólares, o Brasil pode importar produtos de qualquer outro lugar do mundo. Se o comércio passar a ser feito em iuane [moeda chinesa], a única opção brasileira será comprar produtos chineses. Isso significa que o comércio brasileiro, que já é muito concentrado na China, ficará ainda mais concentrado.”

Leia mais: “A espionagem no século 21”, artigo de Rafael Fontana publicado na Edição 152 da Revista Oeste

Fonte: revistaoeste

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