Com mais de 30% dos votos, o economista libertário Javier Milei, da coalizão A Liberdade Avança, venceu as eleições primárias da Argentina, realizadas no domingo 13.
O grupo de Milei representa liberais e conservadores. Já as outras coalizões, formadas por aliados do ex-presidente Mauricio Macri (Juntos por el Cambio) e da ex-presidente Cristina Kirchner (União pela Pátria), defendem ideias de centro e de esquerda.
A vitória de Milei contraria a maioria das pesquisas eleitorais, que lhe conferiam cerca de 20% de intenções de voto. As eleições do domingo deram a vitória ao candidato libertário, que superou os grupos políticos que se revezavam no governo do país.
“Amigo do Bolsonaro”
Com um discurso contra a política tradicional, Milei é associado aos ex-presidentes Donald Trump (Estados Unidos) e Jair Bolsonaro (Brasil), que também adotavam uma postura de outsider, ou seja, alguém de fora do jogo político tradicional.
O fato de ter sido subestimado nas pesquisas eleitorais também é um ponto comum entre Milei, Trump e Bolsonaro. As vitórias do ex-presidente norte-americano, em 2016, e do ex-presidente brasileiro, em 2018, causaram surpresa aos veículos de imprensa tradicionais.
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Autodeclarado libertário e anarcocapitalista (corrente que defende a inexistência do Estado), Milei apresenta discurso em defesa do livre mercado, das privatizações e das liberdades individuais, como a posse e o porte de armas de fogo por cidadãos comuns.
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As eleições gerais argentinas ocorrerão em 22 de outubro, e o resultado do domingo torna Milei favorito, à frente dos representantes do macrismo e do kirchnerismo: Patricia Bullrich, ex-ministra de Segurança de Macri, e Sergio Massa, ministro da Economia do atual governo.
Fonte: revistaoeste