O fundador do Alibaba, Jack Ma, que raramente foi visto em público nos últimos três anos, ressurgiu nesta segunda-feira, 27, em uma escola em Hangzhou, na China, de acordo com jornais locais.
Ma, um ex-professor de inglês, foi fotografado em encontro com funcionários nas salas de aula da Escola Yungu, que fica na cidade onde o grupo Alibaba está sediado. Ele falou sobre os possíveis desafios da inteligência artificial para a educação, de acordo com as redes sociais da escola.
“ChatGPT e tecnologias semelhantes são apenas o começo da era da IA. Devemos usar inteligência artificial para resolver problemas em vez de sermos controlados por ela”, disse Ma, segundo a postagem da escola.
O empresário da gigante de e-commerce anos se manteve discreto desde que criticou reguladores financeiros da China em 2020. Ele é o bilionário chinês de maior destaque a desaparecer em meio a uma ampla repressão aos empreendedores do setor tecnologia.
Segundo o jornal South China Morning Post, de propriedade do grupo Alibaba, Ma voltou recentemente à China depois de passar mais de um ano no exterior. O veículo disse ainda que o bilionário fez uma pequena parada em Hong Kong, onde se encontrou com amigos e também visitou brevemente a Art Basel, uma feira internacional de arte.
A reportagem acrescentou que Ma tem viajado para diferentes países para aprender sobre tecnologia agrícola, mas não fez nenhuma referência ao motivo pelo qual ele desapareceu nos últimos anos.
Antes o homem mais rico da China, Ma abriu mão do controle da gigante de tecnologia financeira Ant Group em janeiro deste ano. Analistas encaram a decisão como prova de que o empresário está em conflito com o Partido Comunista Chinês, por se tornar franco e poderoso demais.
Em outubro de 2020, o bilionário disse em uma conferência financeira que os bancos tradicionais tinham uma “mentalidade de casa de penhores”. No mês seguinte, quando a Ant estrearia no mercado de ações com valor 26 bilhões de libras, que teria sido um recorde, a oferta pública inicial foi cancelada no último minuto pelas autoridades chinesas, que citaram “questões importantes” sobre a regulamentação da empresa.
Desde então, avistamentos de Ma foram relatados em vários países, incluindo Espanha, Holanda, Tailândia e Austrália. Em novembro passado, o jornal Financial Times informou que Ma estava morando em Tóquio, no Japão, há seis meses.
Quando Ma parou de fazer aparições públicas, houve rumores de que ele estava em prisão domiciliar, ou detido de outra forma.
Fonte: Veja