A Itália aprovou uma lei que permite punições mais severas àqueles que danificam monumentos e locais culturais. A aprovação ocorreu nesta quinta-feira, 18.
A decisão ocorre depois de diversos protestos de ambientalistas. Nos últimos meses, os militantes jogaram tinta ou vandalizaram diversos monumentos históricos, prédios e obras de arte.
Alguns dos monumentos vandalizados foram:
- Fontana di Trevi, em Roma;
- Palazzo Vecchio, em Florença;
- Ópera La Scala, em Milão.
O projeto, apelidado de “lei dos ecovândalos”, prevê multas de até € 40 mil (cerca de R$ 200 mil) para os vândalos. A pena pode chegar em até € 60 mil (R$ 321 mil) se o patrimônio cultural for destruído.
Outras medidas da lei aprovada na Itália
A lei também estipula que o Ministério da cultura da itália pode usar o dinheiro arrecadado com as multas para limpar e reparar os monumentos danificados.
“Hoje é um belo dia para a cultura italiana, e em particular para o patrimônio artístico e arquitetônico da nação”, disse o ministro da Cultura, Gennaro Sangiuliano. Ele foi o principal apoiador da nova lei.
O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados com 138 votos a favor e 92 contra. A medida é o mais recente exemplo da abordagem rigorosa do governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, contra atos de vandalismo.
O governo de Meloni já implementou medidas contra infratores juvenis, imigrantes irregulares e organizadores de festas rave.
Os ambientalistas têm realizado protestos semelhantes em toda a Europa. Outros alvos recentes foram o Portão de Brandemburgo, em Berlim (Alemanha), e pinturas célebres em Londres (Reino Unido) e Viena (Áustria).
De acordo com os militantes, o objetivo dos atos é “alertar” as pessoas e os respectivos governos acerca dos “problemas climáticos”, como a poluição.
Estêvão Júnior é estagiário da Revista em São Paulo. Sob a supervisão de Anderson Scardoelli
Fonte: revistaoeste