A partir desta quinta-feira, 30, a agência da Organização das Nações Unidas () para refugiados palestinos (UNRWA) está proibida de operar em território soberano de Israel. A Suprema Corte do país judeu manteve a aplicação da lei e rejeitou todos os pedidos de suspensão.
A medida ocorre depois de acusações de que a UNRWA teria acobertado integrantes do Hamas.
Com mais de 75 anos de atuação no Oriente Médio, a UNRWA alega fornecer serviços de saúde, educação e assistência a cerca de 6 milhões de palestinos.
A decisão se aplica apenas ao território soberano de Israel
Contudo, suas operações na Cisjordânia e na Faixa de Gaza não serão afetadas pela nova legislação, que se aplica apenas ao território soberano de Israel.
A relação entre a UNRWA e Israel deteriorou-se depois do massacre do Hamas em 7 de outubro de 2023. Autoridades israelenses alegaram o envolvimento de funcionários da UNRWA no ataque. Isso resultou em investigações e no congelamento de financiamentos por parte de doadores internacionais.
Em Jerusalém Oriental, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, exigiu que a UNRWA desocupasse as instalações até o fim de janeiro.
Entretanto, no campo de refugiados de Shuafat, também em Jerusalém Oriental, a agência continuará a operar.
Jerusalém Oriental não é reconhecida internacionalmente como território israelense. Este contexto agrava a delicadeza das operações da UNRWA na área.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou a decisão. Ele afirmou que a UNRWA é “insubstituível” e apelou para que Israel reconsiderasse a posição.
A proibição representa “uma vitória política”
O governo israelense, por meio do porta-voz David Mencer, celebrou a proibição como uma vitória política. Além disso, acusou a UNRWA de abrigar membros do grupo terrorista Hamas.
Em janeiro de 2024, Israel acusou formalmente 12 funcionários da UNRWA de envolvimento no ataque de 7 de outubro.
Posteriormente, outros sete nomes foram adicionados à lista. Uma investigação da ONU em agosto concluiu que nove integrantes da equipe poderiam estar envolvidos, mas não forneceu provas conclusivas.
Fonte: revistaoeste