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Israel cria nova unidade com armas do Hezbollah apreendidas

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A partir de operações recentes no Líbano, as Forças de Defesa de Israel (FDI) apreenderam milhares de armamentos do Hezbollah prontos para serem utilizados.

Foram capturados, segundo informaram as FDI, ao menos 2,5 mil mísseis antitanque, lançadores de granadas propelidas por foguete (ou apenas RPG no uso comum), lançadores, mísseis Kornet (russos) e Almas (iranianos).

Israel, que iniciou formalmente a incursão no Líbano em 19 de setembro último, ainda retirou pelo menos 3 mil dispositivos explosivos improvisados (IEDs) do grupo terrorista. Desde então, nos combates e nos bombardeios, segundo as FDI, foram eliminados 1,5 mil terroristas.

As FDI estão considerando formar uma nova unidade antitanque a partir dessas armas, de acordo com um relatório do Israel Hayom publicado neste domingo, 3.

A veracidade das imagens divulgadas nas redes sociais, em que aparecem uma gigantesca quantidade de armas, foi a pelas FDI.

Unidades antitanque israelenses são treinadas e equipadas com armamentos específicos, como mísseis e lançadores antitanque, para atacar veículos altamente protegidos que representariam um grande desafio para soldados de infantaria comuns.

Uma unidade antitanque em forças como as FDI, porém, não atua apenas no combate e na neutralização desses veículos blindados, especialmente tanques, mas também contra outras ameaças blindadas em campo de batalha.

O grupo libanês usa mísseis antitanque sofisticados, como o Kornet, para atacar forças terrestres e estruturas fortificadas. Durante o conflito com Israel, o Hezbollah usou esses mísseis para alcançar alvos de alta precisão, o que causou danos significativos em veículos blindados e posições de soldados israelenses ao longo da fronteira norte de Israel.

A força desses mísseis torna necessária uma unidade dedicada para monitorar, interceptar e neutralizar essas ameaças.

Além dos mísseis, o Hezbollah, mesmo não tendo como entrar com tanques em Israel, emprega táticas de guerrilha que incluem o uso de drones, foguetes e IEDs contra as forças israelenses, o que representa uma ameaça substancial em caso de conflito direto.

A criação de uma unidade antitanque, portanto, permite que as FDI estejam preparadas para lidar com esse tipo de armamento (não apenas blindados) e impedir ataques rápidos e de longo alcance que o Hezbollah pode lançar.

A ideia inicial das FDI era destruir o armamento, mas o comando da instituição repensou e decidiu trazê-lo para Israel e reaproveitá-lo.

A decisão está ligada à escala do arsenal apreendido. O material vinha sendo extensivamente pelo Hezbollah e projetado para os já citados ataques de alta precisão contra veículos blindados e outras posições estratégicas.

Nível de alerta em Israel

Esses mísseis apresentavam uma ameaça significativa às forças terrestres e à infraestrutura militar de Israel, sobretudo devido à proximidade do Hezbollah ao norte de Israel e à capacidade de lançamento de ataques antitanque a partir de posições civis libanesas.

Com o controle desses , , têm condições de compreender estilos e estratégias de combate do Hezbollah. A do reaproveitamento, portanto, está ligada ao treinamento e novas estratégias de defesa.

A medida tem por objetivo uma adaptação às capacidades do , que intensificou o uso de armas sofisticadas e drones, o que elevou o nível de alerta de Israel para ataques em potencial a partir da fronteira norte.

Além disso, a incorporação desse arsenal pode fortalecer a capacidade israelense de resposta, ao mesmo tempo que enfraquece o acesso do Hezbollah a essas armas estratégicas​.

Fonte: revistaoeste

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