O Exército de Israel vai convocar, no próximo domingo, 21, judeus ultraortodoxos para serviços militares. A decisão partiu da Suprema Corte do país, em 25 de junho.
A medida avalia que o Estado aplicava uma seleção discriminatória. Segundo a Corte, isso violaria o princípio de igualdade perante a lei.
Anteriormente, os ultraortodoxos eram isentos do serviço militar obrigatório, exigido para a maioria da população. Os judeus ultraortodoxos representam pouco mais de 13% da população de Israel.
Possíveis consequências políticas para o primeiro-ministro de Israel
A decisão pode enfraquecer o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que depende do apoio de partidos ultraortodoxos.
Esses partidos podem abandonar o governo, o que levaria a novas eleições. Na semana passada, rabinos pediram que estudantes não “apareçam de forma alguma ao escritório de convocações do exército”.
Reação da comunidade ultraortodoxa
Na quarta-feira 17, líderes do partido Shas seguiram a orientação dos rabinos e pediram que os jovens Haredi, como são conhecidos os judeus ultraortodoxos, ignorem os chamados ao serviço militar. O Shas é um aliado de Netanyahu.
Os israelenses são obrigados por lei a servir no Exército a partir dos 18 anos, por 24 a 32 meses.
Depois do primeiro conjunto de convocações, novos avisos para um total inicial de 3 mil recrutas ultraortodoxos devem ser enviados nas próximas semanas.
Fonte: revistaoeste