Israel realizou ataques contra a Síria neste domingo, 9, em retaliação ao lançamento de seis mísseis que atingiram as Colinas de Golã, no sábado. Segundo um comunicado dos militares israelenses, aviões de guerra atingiram um complexo militar da Quarta Divisão das Forças Armadas da Síria, sistemas de radares militares e postos de artilharia.
A tensão vem aumentando na região, desde sexta-feira, quando o exército israelense atacou alvos na Faixa de Gaza e no Líbano em resposta a ataques de foguetes que atingiram seu território. Segundo a Força de Defesa de Israel (FDI), cerca de 34 artefatos foram lançados do território libanês em direção a Israel. A maioria dos projéteis, contudo, foi interceptada e somente seis chegaram ao país.
Em outro episódio na sexta-feira,7 , uma pessoa foi morta e outras sete ficaram feridas em um ataque de carro em Tel Aviv. Duas irmãs israelenses também morreram e sua mãe ficou gravemente ferida durante um ataque a tiros na Cisjordânia.
No Sábado, os foguetes destinados às Colinas de Golã caíram em áreas despovoadas. Os militares israelenses atribuem os ataques ao grupo palestino Hamas ou a Jihad Islâmica Palestina.
Os conflitos se intensificaram após batidas policiais israelenses na mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém, na quarta-feira, 5. A invasão ocorreu enquanto os fiéis palestinos faziam as orações do mês sagrado do Ramadã.
Os eventos deste fim de semana levantam temores de uma escalada mais ampla do conflito na região. Durante a missa de Páscoa neste domingo, o Papa Francisco pediu que os palestinos e israelenses busquem diálogo. “Expresso profunda preocupação com os atentados que ameaçam o esperado clima de confiança e respeito recíproco para retomar o diálogo entre israelenses e palestinos, para que a paz reine na cidade santa e em toda a região”, declarou.
Além desses conflitos, Israel ainda enfrenta uma crise política. Milhares de cidadãos voltaram às ruas do país neste sábado, 8, para protestar contra a reforma judicial proposta pelo governo, vista como uma ameaça à democracia. Cerca de 250 mil pessoas se reuniram nas ruas de Tel Aviv e em outras cidades no 14º fim de semana de protestos contra a medida, que aumenta a influência do governo de Benjamin Netanyahu no sistema Judiciário. A reforma tem diversos pontos. Um dos mais polêmicos propõe impedir que a Suprema Corte do país revise legislações aprovadas pelo Parlamento.
Fonte: Veja