Autoridades iranianas apresentaram o que descrevem como o primeiro míssil balístico hipersônico feito no país nesta terça-feira, 6. O míssil chamado de Fattah foi exibido em uma cerimônia com a presença do presidente Ebrahim Rahisi e comandantes da Guarda Revolucionária.
“O míssil hipersônico Fattah guiado com precisão tem um alcance de 1.400 km e é capaz de penetrar todos os escudos de defesa”, disse Amirali Hajizadeh, chefe da força aeroespacial da Guarda, segundo a mídia estatal iraniana.
De acordo com a agência de notícias oficial IRNA, o míssil Fattah pode atingir “os sistemas antimísseis avançados do inimigo e é um grande salto geracional no campo de mísseis”.
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“Ele pode contornar os sistemas de mísseis antibalísticos mais avançados dos Estados Unidos e do regime sionista, incluindo o Domo de Ferro de Israel”, disse a TV estatal iraniana.
Mísseis hipersônicos podem voar pelo menos cinco vezes mais rápido que a velocidade do som e em uma trajetória complexa, o que os torna difíceis de serem interceptados. Em 2022, o Irã disse ter construído um míssil balístico hipersônico que pode manobrar para dentro e para fora da atmosfera.
Além disso, em oposição a Estados Unidos e Europa, o país afirmou que vai continuar desenvolvendo eu programa de mísseis defensivos. No entanto, analistas militares ocidentais dizem que o Irã frequentemente exagera suas capacidades de mísseis.
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Em 2018, as preocupações com os mísseis balísticos do Irã contribuíram para a decisão do então presidente americano Donald Trump de abandonar um pacto nuclear assinado por Teerã com seis grandes potências em 2015. Fora do acordo, os americanos voltaram a impor sanções ao Irã, que por sua vez retomou o programa nuclear. Mesmo negando a intenção de criar uma bomba atômica, a possibilidade da tecnologia ser desenvolvida pelo Irã preocupa os EUA, Europa e Israel.
As negociações indiretas entre Teerã e Joe Biden em reviver o acordo estão paralisadas desde setembro passado. Israel, que o Irã se recusa a reconhecer, se opõe aos esforços em revitalizar o acordo e ameaça com ação militar se a diplomacia falhar.
Fonte: Veja