O grupo terrorista Hezbollah, que tem o apoio do Irã e é aliado do Hamas no Oriente Médio, declarou que o “assassinato” do líder do Hamas, Saleh al-Arouri, “não ficará impune”. Arouri foi neutralizado na terça-feira 2, em um bombardeio israelense que atingiu o subúrbio de Beirute.
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O terrorista era o vice-líder da seção política do Hamas. Na hierarquia, estava atrás apenas do chefe supremo, Ismail Haniyeh. Além disso, ele era chefe da divisão de operações do grupo na Cisjordânia.
“Nós, o Hezbollah, afirmamos que este crime não ficará sem resposta nem impune”, avisou o grupo libanês, em comunicado, na terça-feira. “Consideramos que o crime de assassinar o xeique Saleh al Aruri, no coração do subúrbio sul de Beirute, é um grave ataque contra o Líbano e um acontecimento perigoso no curso da guerra”.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou o bombardeio israelense que eliminou o número dois do movimento islamita e também classificou a atuação de Israel como “criminosa”. “Este novo crime israelense busca arrastar o Líbano para uma nova fase de confronto com Israel”, afirmou.
Saleh al-Arouri era uma figura poderosa e influente na organização, principalmente pelo seu empenho em estabelecer a presença de terroristas no território da Cisjordânia.
Ele era rosto e a voz do Hamas para explicar as posições do grupo e determinar as condições de liberação dos reféns, por exemplo. Enquanto figura pública, ele viajava entre a turquia, o Líbano e o Catar, onde dava entrevistas e declarações contra Israel.
Força-tarefa israelense
Depois dos ataques do dia 7 de outubro, Israel criou uma força-tarefa chamada “Nili” para caçar os líderes do Hamas. A operação reunia informações dos serviços de inteligência interno, externo e também da inteligência militar para atuar nos territórios palestinos e em qualquer país do Oriente Médio.
Fonte: revistaoeste