O presidente russo, , afirmou nesta terça-feira 14, enquanto discursava para os trabalhadores de uma fábrica de aviação nos arredores de Moscou, que, atualmente, o que está em jogo na é a própria existência da como Estado. A fala expande os argumentos anteriores de Putin sobre o Ocidente estar empenhado em isolar a Rússia.
“Para nós, esta não é uma tarefa geopolítica, mas uma tarefa para sobrevivência do estado russo, criando condições para o futuro desenvolvimento do país e de nossos filhos”, reiterou.
Em seu discurso, Putin acusou o Ocidente de usar a como uma ferramenta para travar uma guerra contra a Rússia e assim infligir uma “derrota estratégica”. No entanto, os e seus aliados argumentaram que apenas ajudam o país a se defender de uma invasão que ocorre há mais de um ano e já destruiu cidades, matou milhares de civis e forçou milhões a fugirem de casa.
O presidente russo também foi questionado sobre estar preocupado com a economia depois das sanções impostas no ano passado que se mostraram mais fortes do que o esperado. Porém, Putin respondeu que as , mas sim mostraram que a nação era mais forte economicamente do que se esperava.
“Aumentamos muitas vezes nossa soberania econômica. Afinal, com o que nosso inimigo contava? Que entraríamos em colapso em 2-3 semanas ou em um mês”, afirmou.
De acordo com ele, o inimigo esperava que as fábricas parassem e que o sistema financeiro entrasse em colapso, aumentando o desemprego e fomentando manifestantes a tomarem as ruas. Para Putin, o Ocidente tinha a expectativa que a Rússia “oscilaria por dentro e entraria em colapso”.
“Isso não aconteceu”, acrescentou Putin. “Acontece que, para muitos de nós, e ainda mais para os países ocidentais, os alicerces fundamentais da estabilidade da Rússia são muito mais fortes do que se pensava”, explicou.
Assim que os embargos foram estabelecidos, bancos russos, experientes em decorrência das restrições impostas com a anexação da Crimeia em 2014, aumentaram a taxa de juros em uma tentativa de controlar a inflação. Ao final de 2022, a economia contraiu 2,1%, bem longe da previsão inicial de 12%.
Na estimativa do banco central russo, a , de 1,5%. Se essa projeção se concretizar, o tombo seria de 3,6% no biênio, um número relevante, mas pequeno comparado a contrações registradas em outros países fora do contexto de guerra, como o Brasil, que chegou a cair mais de 6% entre 2015 e 2016.
Um calcanhar de Aquiles expressivo para Putin, no entanto, é o setor automobilístico. As montadoras Renault, Volkswagen e Mercedes-Benz interromperam as fabricações na Rússia e, como consequência, as vendas despencaram 63%. Com a diminuição da oferta, os preços de carros estrangeiros aumentaram consideravelmente. De acordo com informações da Escola de Economia de Kiev, 1.169 empresas ainda planejam deixar o país.
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Fonte: Veja