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Ganhadora do Nobel da Paz é condenada a mais tempo de prisão pelo Irã

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A ativista iraniana Narges Mohammadi, , foi condenada a mais 15 meses de prisão pelo Tribunal Revolucionário do Irã. A informação foi confirmada na segunda-feira 14 pela família de Narges em uma postagem na rede social Threads.

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Narges, que está presa em Teerã, foi acusada de espalhar propaganda contra o regime do aiatolá Ali Khamenei. Por acusações semelhantes, a ativista dos direitos das mulheres no Irã passou a maior parte dos últimos 20 anos na prisão.

Segundo a família, o julgamento, realizado em dezembro de 2023, não teve a presença da ativista. Além dos 15 meses de prisão, ela também foi condenada a dois anos de exílio fora de Teerã, capital do Irã, e das províncias vizinhas e proibida, pelo mesmo período, de aderir a grupos políticos, usar redes sociais e telefone celular.  

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Desde 1998, Narges foi presa 13 vezes. Atualmente, ela cumpre uma pena de 30 meses por “espalhar propaganda” contra a República Islâmica, desobediência na prisão e difamação de autoridades.

Com a mais recente condenação, chega a cinco o número de sentenças desfavoráveis a Narges, hoje com 51 anos. As decisões condenatórias somam uma pena de 12 anos e três meses de prisão, 154 chicotadas, dois anos de exílio e várias proibições sociais e políticas, segundo a família.

Ativista venceu o Nobel da Paz por ‘luta contra opressão das mulheres no Irã’

Narges MohammadiNarges Mohammadi
Um Mês Depois De Vencer O Prêmio Nobel Da Paz, Narges Mohammadi Começou Uma Greve De Fome Na Prisão, Mas Foi Convencida A Desistir | Foto: Reprodução/ Wikipedia

Narges recebeu em outubro de 2023 o Prêmio Nobel da Paz por “sua luta contra a opressão das mulheres no Irã” e por “promover os direitos humanos e a liberdade para todos”, conforme a Real Academia Sueca de Ciências.

Em setembro de 2022, o Irã foi tomado por centenas de protestos em razão da morte da jovem Mahsa Amini na prisão. Ela tinha sido detida por não usar o hijab, véu islâmico, e morreu três dias depois de ser presa.

A família acusou o governo de assassinato, versão negada pelo regime de aiatolá Ali Khamenei. Nos protestos, milhares de pessoas foram presas; alguns já foram condenados à morte e .

Fonte: revistaoeste

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