Violação dos direitos humanos, perseguição, colapso da economia, miséria e 7,7 milhões de refugiados, segundo as Nações Unidas, estão entre as consequências da ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela. O tema foi o destaque do editorial da Folha de S.Paulo desta quarta-feira, 6.
Intitulado de ”Farsa venezuelana”, o texto lista os crimes cometidos no país, os quais chama de “selvageria do Estado venezuelano”. E lembra que os principais abusos desse governo tiveram início em 2017, quando uma série de protestos resultou na morte de 125 pessoas no país.
Em 1º de março, o , na cidade de Haia (Holanda), rejeitou um recurso da Venezuela contra a retomada das investigações sobre infrações aos direitos humanos no país.
A apuração dos crimes começou em 2021, depois de um apelo conjunto de Argentina, Canadá, chile, Colômbia, Paraguai e Peru. Haia recebeu ao menos 1,7 mil denúncias.
No ano seguinte, um relatório da ONU apurou 122 episódios de tortura física e psicológica e de violência sexual encomendados pelo ditador. Ele também denuncia o expurgo de funcionários do gabinete da ONU ligados aos direitos humanos.
Apesar dos movimentos de diversos países e instituições para que a ditadura de Maduro seja aplacada, alguns governantes latino-americanos ainda se recusam a denunciar a grave situação no país.
“Entre eles, está o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”, criticou a Folha. “A investigação em Haia pode contribuir para responsabilizar o regime.”
Na última terça-feira, 5, . “Uma mudança política por meio de eleições é barrada pelo controle do Judiciário, perseguição aos opositores e censura à imprensa”, comentou a Folha.
Neste “simulacro de eleição”, como ressalta o jornal, o povo venezuelano continua sem encontrar uma saída.
Fonte: revistaoeste