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Filha de mentor de Putin foge da Rússia após críticas ao regime

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A jornalista e ex-candidata presidencial de 2018, Ksenia Sobchak, fugiu da Rússia para a Lituânia, informou a agência de notícias estatal russa TASS na quinta-feira 27. Ela deixou o país após ter seu apartamento revistado por agentes de segurança como parte de um processo criminal sobre extorsão.

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O Departamento de Segurança do Estado da Lituânia confirmou à TASS que Sobchack entrou no país usando seu passaporte israelense.

Na quarta-feira 26, a jornalista anunciou em seu canal no Telegram que o diretor comercial de sua empresa de mídia, Kirill Sukhanov, foi preso e acusado de extorquir uma empresa estatal russa. A rival do presidente Vladimir Putin denunciou isso como “absurdo” e um ataque à sua equipe editorial.

“Eu não acredito [nessas acusações] e espero que agora eles resolvam tudo rapidamente e vejam que tudo isso é algum tipo de bobagem”, disse ela.

Sobchak é suspeita no caso de extorsão de 11 milhões de rublos (cerca de R$ 950 mil) ao chefe da corporação estatal Rostec, Sergei Chemezov. A holding do governo russo controla todos os fabricantes de aeronaves do país.

Filha de um dos mentores político de Putin, Anatoly Sobchak, a socialite é uma das figuras mais controversas da Rússia. Ela já foi apontada como apoiadora do Kremlin, mas assumiu uma postura de oposição ao regime do atual presidente ao se tornar apresentadora de um dos veículos midiáticos mais proeminentes de Moscou, a rede de televisão Dozhd.

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Ao longo dos anos, ela criticou com frequência Putin, participando de protestos contra o governo em 2011 e concorrendo contra ele nas eleições de 2018. Sua decisão de concorrer à presidência foi amplamente criticada por líderes da oposição russa, incluindo Alexey Navalny, que acusou sua campanha de ser uma farsa e a rotulou como um “projeto do Kremlin”.

Especialistas avaliam a saída da jornalista do território russo como uma indicador do aumento do nível de repressão do regime, já que, mesmo figuras ligadas ao governo estão sendo alvo de perseguição.

Fonte: Veja

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