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Ex-advogado de Trump condenado a pagar US$ 148 milhões por falsas alegações de fraude eleitoral

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O antigo advogado do ex-presidente norte-americano Donald Trump, Rudolph Giuliani, foi condenado, nesta sexta-feira, 15, por um júri do Tribunal Federal de Washington a pagar US$ 148 milhões em indenizações. O valor se dá pelo Judiciário local ter considerado a divulgação de falsas acusações a duas funcionárias eleitorais dos Estados Unidos (EUA).

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Giuliani, que além de advogado é ex-prefeito de Nova York, teria difamado Wandrea “Shaye” Moss e sua mãe, Ruby Freeman, com alegações de que elas haviam processado cédulas fraudulentas no Condado de Fulton, no Estado norte-americano da Geórgia, durante as eleições presidenciais de 2020. Elas eram funcionárias públicas e realizavam a contagem eleitoral.

Na ocasião, Trump perdeu a disputa pela presidência dos EUA para Joe Biden. Giuliani teria acusado a mãe e filha de terem beneficiado Biden na contagem de votos.

O advogado também fez outras afirmações sobre a possível fraude eleitoral nas eleições dos EUA e não considera legítimo o atual governo. “Não confio em nada do que o governo Biden faz, este não é o governo dos Estados Unidos”, disse Giuliani ao jornal The New York Times.

O valor também é uma punição por conduta

Dos US$ 148 milhões que Giuliani terá que pagar, o equivalente a R$ 730 milhões, cerca de US$ 73 milhões irão para as duas funcionárias públicas. Do montante, US$ 75 milhões foi sentenciado como punição pela conduta.

Entre as acusações, Wandrea e Rubu também disseram que receberam diversas mensagens racistas e sexistas, incluindo ameaças de linchamento. Elas culpam Trump e os aliados pelas retaliações, que teriam começado depois de sofrerem acusações de fraude eleitoral.

A Justiça dos EUA concordou com as funcionárias e determinou que o ex-prefeito era responsável por difamação, imposição intencional de sofrimento emocional e conspiração civil.

Defesa de Giuliani diz que sentença é o “equivalente a pena de morte”

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Durante entrevista coletiva depois do júri, Giuliani disse que irá recorrer da decisão em um tribunal superior. Ele considerou a indenização como inviável.

“O absurdo do número apenas sublinha o absurdo de todo o processo”, afirmou o advogado aos repórteres. “Estou bastante confiante de que quando este caso chegar a um tribunal justo, ele será revertido tão rapidamente que fará sua cabeça girar, e o número absurdo que acabou de chegar ajudará nisso.”

Em entrevista ao jornal New York Post, o acusado afirmou não ter o valor para pagar a indenização. “Tenho US$ 43 milhões? Não”, disse Giuliani. “Vou lutar neste caso até morrer? Sim. Prefiro morrer pobre com meus princípios do que ceder à destruição do meu país que tanto amo.”

O advogado de Giuliani, Joe Sibley, disse que a indenização inicial solicitada pelas funcionárias seria “o equivalente, na esfera civil, à pena de morte”. “Se você conceder a eles o que eles estão pedindo, será o fim de Giuliani.”

Leia também a reportagem de Cristyan Costa “‘Big techs farão com Bolsonaro o que fizeram com Trump’”, publicada na Edição 122 da Revista Oeste

Fonte: revistaoeste

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