Os Estados Unidos estão encurralados por eventos climáticos nesta quarta-feira, 28. Enquanto as regiões do sul e no sudoeste sofrem com uma onda de calor mortal, o meio-oeste enfrenta condições de ar insalubres causadas pela fumaça de incêndios florestais no Canadá. Mais de 80 milhões de pessoas estão sob alertas de qualidade de ar, sendo as cidades de Chicago e Detroit as mais afetadas.
“Até que os incêndios acabem, existe um risco”, disse Bryan Jackson, meteorologista do Serviço Nacional de Meteorologia.
De acordo com o professor e presidente do departamento de ciências atmosféricas da Universidade de Washington, Joel Thornton, os incêndios florestais no norte da província de Quebec e a baixa pressão sobre os Grandes Lagos entre Canadá e Estados Unidos são os principais responsáveis pela fumaça.
Já as temperaturas altas andam de mãos dadas com um planeta em constante aquecimento. As mudanças climáticas provocadas por humanos vão resultar em ondas de calor mais quentes e mais longas e, consequentemente, com incêndios maiores.
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As autoridades de Chicago recomendaram que crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde permaneçam em ambientes fechados. Algumas creches da cidade cancelaram as aulas e disseram aos pais para manterem seus filhos dentro de casa devido à baixa qualidade do ar, por conta da fumaça de incêndios.
Na terça-feira 27, o Detroit News, principal jornal local, informou que o céu da cidade estava tão nublado que os moradores não conseguiram ver os voos da guarda nacional de Michigan em comemoração do 100º aniversário da força aérea.
Ao mesmo tempo, mais de 40 milhões de americanos estão sob alerta de calor excessivo, no que foi chamado por especialistas de uma “cúpula de calor” – um sistema de alta pressão impulsionado pelo aquecimento global. Por nove dias, as temperaturas nos estados de Roswell e Novo México permaneceram acima de 40°C.
O Texas também enfrenta temperaturas extremas e registrou uso recorde de eletricidade, ligado a ventiladores e aparelhos de ar condicionado. Muitas pessoas foram parar no hospital devido ao calor. Só no mês de junho, o corpo de bombeiros da cidade de San Antonio respondeu a mais de 250 emergências relacionadas ao calor, um aumento de 53% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para o grupo sem fins lucrativos Climate Central, os países estão mais vulneráveis a ondas de calor extremas. O fenômeno já se tornou cinco vezes mais provável devido ao aquecimento global, causado pelo uso de combustíveis fósseis.
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Fonte: Veja