O Departamento de Estado dos EUA informou, no sábado 27, que o governo Joe Biden avalia retomar sanções econômicas contra a Venezuela, depois de o daquele país manter a .
Há dois dias, o tribunal rejeitou um recurso da ex-deputada e a manteve fora da disputa eleitoral, por 15 anos. Dessa forma, María Corina não poderá concorrer à eleição deste ano. Pesquisas de intenção de voto mostram a rival do ditador Nicolás Maduro à frente.
María Corina, inclusive, obteve 92% dos votos nas primárias de seu partido, mesmo com um impedimento da Controladoria de Justiça da Venezuela.
Aviso dos EUA à Venezuela
Não é a primeira vez que os EUA pressionam a Venezuela, sobre o impedimento de opositores nas eleições.
Depois de um acordo, no ano passado, o regime de Maduro falou em permitir candidatos oposicionistas no pleito. Dessa forma, os norte-americanos suspenderam sanções ao petróleo, gás e ouro. A tratativa ficou conhecida como Acordo de Barbados.
“A decisão é muito preocupante e contradiz os compromissos assumidos por Maduro”, disse ontem o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em alusão ao compromisso assumido pelo ditador de permitir eleições livres, neste ano.
Mecanismo de inelegibilidade
A inabilitação política de María Corina começou pela Controladoria, que pode tomar medidas contra funcionários sob investigação. No entanto, a Constituição estabelece que apenas uma sentença judicial “definitiva” pode impedir uma candidatura à Presidência. Por isso, o “STF” precisou ser acionado.
No caso de María Corina, a Controladoria afirmou que havia “irregularidades administrativas” do período em que ela foi deputada (2011-2014). A princípio, a proibição para ocupar cargos públicos que ocorreu em 2015 valeria por um ano, mas ela continuou sob investigação.
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A ditadura de Maduro também acusou a opositora de participar de “uma rede de corrupção” cuja liderança seria de Juan Guaidó, presidente interino da Venezuela entre janeiro de 2019 a janeiro de 2023. Cerca de 50 países consideraram a presidência de Guaidó. Os mesmos não reconheceram a reeleição do ditador Nicolás Maduro em 2018, dita “fraudulenta”.
Fonte: revistaoeste