O ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, fará uma visita de trabalho ao Brasil na segunda quinzena de abril, afirmou o Itamaraty em nota nesta quarta-feira, 1. A decisão foi anunciada após encontro entre o chanceler russo e o ministro das Relações Exteriores brasileiro, , pouco antes da reunião de chanceleres do G20, o grupo das vinte maiores economias do mundo, em Nova Délhi, na Índia.
“No primeiro encontro entre ambos desde a posse do governo , repassaram os principais temas da agenda bilateral e multilateral, e analisaram a situação atual e as perspectivas da guerra na Ucrânia”, relatou o Itamaraty, em publicação nas redes sociais.
No primeiro encontro entre ambos desde a posse do governo Lula, repassaram os principais temas da agenda bilateral e multilateral, e analisaram a situação atual e as perspectivas da guerra na Ucrânia. pic.twitter.com/1zlAAgIwW5
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) March 1, 2023
Chefes de diplomacia do G20 se reúnem na Índia em meio a divergências sobre a guerra na Ucrânia e é esperado que o assunto tome boa parte do tempo de discussões. Além de Lavrov e Vieira, estará presente também o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
O Brasil, apesar de ter condenado a invasão russa de 24 de fevereiro de 2022 nas , escolheu manter uma posição de relativa neutralidade, evitando sanções contra o presidente russo, , por motivos econômicos. A agricultura brasileira é altamente dependente dos fertilizantes de Moscou – de 2018 a 2022, vendeu em média 22% do produto consumido pelos brasileiros –, e a Rússia é um grande exportador de produtos como o diesel para o país.
Apesar disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se apresentou em ocasiões como um possível interlocutor para futuras negociações de paz. Na semana passada, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, disse que o .
Em entrevista à agência de notícias estatal russa Tass, Galuzin enfatizou a importância da visão do Brasil, que é parceiro estratégico de Moscou, tanto bilateral quanto globalmente.
“Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada [do conflito] na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo e considerando os interesses de todos os envolvidos”, afirmou o diplomata.
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Fonte: Veja