O empresário dos Estados Unidos Bryan Johnson, de 45 anos, desistiu de seu tratamento para voltar a ter 18 anos de idade. Antes, o norte-americano havia gasto US$ 2 milhões (quase R$ 10 milhões) por ano com procedimentos para rejuvenescer.
O tratamento de Johnson consistia em trocar sangue com seu filho de 17 anos. Ele desistiu da ideia depois de constatar que “nenhum benefício foi detectado”.
Em maio, o empresário chegou até mesmo a receber uma doação de plasma de seu pai, Richard, de 70 anos, e do filho Talmage, de 17.
Eles fizeram transfusões em uma clínica de Dallas. Richard e Talmage removeram 1 litro de sangue cada um e converteram o material genético em plasma líquido.
Depois, Richard e Talmage converteram o plasma líquido em um lote de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, células e plaquetas por meio de uma máquina.
A ‘Anvisa’ norte-americana desencorajou o tratamento usado pelo empresário, que queria voltar aos 18 anos de idade
“A troca de plasma jovem pode ser benéfica para populações biologicamente mais velhas ou com certas condições de saúde”, disse Johnson. “No meu caso, não acumula benefícios além das minhas intervenções existentes.”
Exames de imagens e biomarcadores posteriores mostraram que não houve benefícios na troca de sangue com seu filho. Em 2019, no entanto, a Food and Drug Administration (FDA) — uma espécie de Anvisa dos Estados Unidos — alertara para a ineficiência desse tratamento em 2019.
A FDA afirmou que as infusões de plasma de jovens não fornecem “nenhum benefício clínico comprovado” contra o envelhecimento nem contra doenças relacionadas à idade, como a doença de Parkinson, a demência, a esclerose múltipla e as doenças cardíacas.
“Os tratamentos com plasma de doadores jovens não passaram pelos testes rigorosos que o FDA normalmente exige para confirmar o benefício terapêutico de um produto e garantir sua segurança”, disse a agência.
O FDA afirmou também que desencoraja “fortemente” os consumidores a buscarem aquela terapia, que está “fora dos ensaios clínicos e do conselho de revisão institucional apropriado”.
Fonte: revistaoeste