Um grupo de 250 bilionários e milionários, incluindo o único brasileiro da lista, João Paulo Pacifico, 45 anos, assinou uma carta pedindo o aumento de impostos sobre grandes fortunas.
João Paulo é fundador do grupo de investimentos Gaia. Além de empresário, ele também é escritor, ativista e conselheiro da ONG Greenpeace. Defende a taxação das grandes fortunas como forma de redistribuir a riqueza.
A intenção do grupo é entregar a carta intitulada “Proud to pay”, ou “Orgulhosos em pagar” em português, para os líderes mundiais durante o Fórum Econômico Mundial. Mas afinal, como isso funcionaria e quais seriam os efeitos dessa medida? Entenda;
Taxar para investir
A ideia por trás dessa proposta é simples: os mais ricos da sociedade querem ser taxados para que o dinheiro arrecadado seja investido em projetos sociais e no futuro democrático comum.
Segundo escreveram, isso não irá afetar seu padrão de vida ou prejudicar suas crianças.
Pelo contrário, com a medida acreditam que podem “transformar a riqueza extrema e improdutiva em investimento em nosso futuro democrático comum”.
Ler mais notícia boa
Trechos da carta
No documento eles escreveram:
“Estamos surpresos que vocês fracassaram em responder a uma simples pergunta que estivemos fazendo durante três anos: quando vocês vão taxar a riqueza extrema?”
“Se os representantes eleitos nas principais economias do mundo não adotarem medidas para lidar com o aumento dramático da desigualdade econômica, as consequências continuarão a ser catastróficas para a sociedade”
“Nosso pedido é simples. Nós, os muito ricos em nossa sociedade, queremos ser taxados por vocês.”
A herdeira da Disney assinou
Outros bilionários e milionários de 17 países também assinaram essa carta.
Entre alguns nomes estão a herdeira do império Disney, a atriz Abigail Disney, o ator Simon Pegg, a herdeira de uma família de empresários Rockefeller, a neta do industrial alemão Robert Bosch e o músico Brian Eno.
O que mais sabemos sobre João Paulo Pacifico
O empresário está no mercado financeiro há mais de 20 anos. Fundou o grupo Gaia em 2009, mas em 2022 foi doado a uma ONG. Todo o patrimônio foi para ajudas sociais, como a criação de moradias populares.
A empresa chegou a ser pressionada por representantes do agronegócio por conta dos projetos que levava cooperativas agrícolas ao Movimento dos Sem Terra (MST).
Depois da doação, ele agora investe e colabora com as cooperativas do MST e outras ações sociais.
“Quero combater o vício em dinheiro que existe no mercado financeiro”, disse.
Com informações de O Globo.
Fonte: sonoticiaboa