Primeira mulher a comandar a Embaixada do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al-Qaq entregou suas credenciais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira, 3. A cerimônia é a etapa final de sua formalização como embaixadora.
“Estava ansiosa por este dia. Quero aproveitar para agradecer o carinho e o acolhimento deste povo maravilhoso. Vou trabalhar para que a parceria entre nossos países se fortaleça e renda ainda mais frutos”, declarou em uma postagem nas redes sociais.
Al-Qaq acompanhou de perto as bruscas mudanças ideológicas na política externa brasileira e em assuntos climáticos, tendo servido antes como conselheira política. Agora, segundo ela, o contexto está mais propício para colaborações.
“Falei ao presidente [Lula] que estou animada para ampliar a nossa colaboração em clima e meio ambiente, apoio a comunidades indígenas, incluindo em acesso à saúde em áreas remotas, no crescimento limpo, na defesa da democracia e combate à desinformação”, afirmou, em referência velada à crise de saúde de indígenas yanomami na Amazônia.
Em em dezembro, a nova embaixadora já havia deixado claro que uma das prioridades na relação do Reino Unido com o Brasil será o meio ambiente. A nação europeia está em negociações para entrar no Fundo Amazônia, espécie de poupança para preservar a floresta tropical cujos principais doadores são Alemanha e Noruega.
“Realmente houve o pedido e temos o dinheiro, com o qual já fizemos vários projetos fora do Fundo da Amazônia”, disse ela na entrevista. “A coordenação agora é uma coisa muito importante, porque o Brasil precisa dessa ajuda e o presidente eleito está pedindo essa ajuda.”
Segundo ela, o rei Charles III, que assinou suas credenciais, tem especial interesse no Brasil. A falecida rainha Elizabeth II fez uma única viagem ao Brasil, em 1968, quando foi tirada uma clássica foto com Pelé. “Acho que será difícil o rei não vir para cá”, afirmou Al-Qaq a VEJA.
Giro VEJA – sexta, 3 de fevereiro
Os desdobramentos da reportagem de VEJA sobre a ação golpista envolvendo o ex-presidente são os destaques do dia
A sexta-feira foi marcada pela repercussão da capa de VEJA desta semana, que evidenciou a operação golpista que pretendia gravar conversas com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo tribunal Federal, com o objetivo de invalidar o resultado da eleição presidencial. Autor das acusações que colocam o ex-presidente Jair Bolsonaro como protagonista dessa ação, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso, descrito por Moraes como uma “operação Tabajara”
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Fonte: Veja
