Começou nesta quinta-feira, 11, no, na Holanda, a audiência do processo contra Israel, acusado pela África do Sul de cometer “genocídio” em Gaza durante a guerra em curso.
Baseando-se na Convenção de Genocídio, a África do Sul pede à Corte Internacional de Justiça que ordene a suspensão imediata da ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza.
Israel nega as acusações apresentadas pelo governo sul-africano e as classifica como “atrocidades e absurdas”.
Dezessete juízes participam das audiências no Palácio da Paz. O banco é composto de 15 juízes permanentes e dois ad hoc, de Israel e da África do Sul — ou seja, designados especificamente para esta Corte.
Repercussão internacional do caso; Lula apoia África do Sul
O presidente manifestou o apoio do Brasil à denúncia apresentada pela África do Sul contra Israel em Haia. A informação foi divulgada pelo Palácio do Itamaraty em nota à imprensa.
O petista afirmou que os atos terroristas ocorridos no sul de Israel em 7 de outubro “não justificam o uso indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por Israel contra civis”.
O jornal norte-americano FoxNews publicou um artigo nesta quinta-feira com o título: “Antissemitismo exposto: é um absurdo que Israel tenha que se defender na Corte Internacional contra acusações de genocídio depois de 7 de outubro”.
O texto foi assinado pelo advogado Mark Goldfeder, ex-professor universitário nos Estados Unidos e coautor de um tratado em cinco volumes sobre “”.
Centenas de manifestantes foram para a frente do Tribunal Internacional de Haia
Antes do início da audiência, nesta quinta-feira, centenas de manifestantes pró-Israel e pró-Palestina (Hamas) se reuniram em Haia, enfrentando temperaturas baixas. Um forte aparato policial foi preparado para garantir a segurança no local.
Entre os apoiadores de Israel estavam ativistas de organizações cristãs sionistas e comunidades judaicas holandesas.
Do lado do Hamas, os manifestantes acenaram com bandeiras palestinas para pedir um cessar-fogo. Outros seguravam placas com dizeres: “Pare o genocídio” e “Do rio ao mar, a Palestina será livre”.
Relembre o que motivou o início da guerra
A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, no sul de Israel. Cerca de 1,2 mil pessoas, na maioria civil, foram mortas. As vítimas estavam em suas casas e em um festival de música eletrônica. Mais de 240 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza.
Uma ampla investigação do jornal norte-americano revelou que os terroristas estupraram as mulheres antes de assassiná-las.
Relatos de socorristas e vídeos divulgados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) comprovaram que bebês foram degolados, enquanto outros morreram assados nos fornos de suas casas.
O ataque foi amplamente considerado por líderes ocidentais e pela mídia estrangeira como o pior massacre a judeus desde o holocausto
Fonte: revistaoeste