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Elon Musk desafia censura na Austrália: batalha em destaque

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Nesta segunda-feira, 22, um da Austrália ordenou que o Twitter/X retirasse em 24 horas os vídeos do ocorrido na semana passada em uma igreja em Sydney, quando um bispo foi esfaqueado. Reafirmando sua luta contra a censura no mundo, o bilionário dono da plataforma, prometeu, nesta terça-feira, 23, apelar da ordem judicial.

O posicionamento de Musk gerou críticas do primeiro-ministro, Anthony Albanese, do Partido Trabalhista (Labor Party, em inglês), representante da esquerda australiana. “Pensa que está acima da lei, mas também acima da decência comum”, disse o premiê em entrevista à ABC News.

Em resposta, Musk ridicularizou os comentários de Albanese e afirmou o compromisso do Twitter/X com a liberdade de expressão.

“Nossa preocupação é que se em qualquer país for permitido censurar conteúdo para todos os países, que é o que a Comissária de eSegurança australiana está exigindo”, postou Musk, “então o que impedirá qualquer país de controlar toda a internet?”

O magnata completou: “Já censuramos o conteúdo em questão para a Austrália, aguardando um recurso legal, e ele está armazenado apenas em servidores nos EUA.”

A senadora Jacqui Lambie pediu a prisão de Musk, enquanto outros políticos da esquerda e a tradicional local intensificaram os ataques ao Twitter/X.

Entretanto, enquanto a mídia tradicional condenava amplamente Musk, os usuários australianos do Twitter/X apoiaram esmagadoramente sua posição sobre liberdade de expressão.

Assinando o como “muitos australianos”, o perfil “Aus Integrity”, no Twitter/X, fez um apelo ao bilionário: “Este governo tirânico não fala por todos nós”, escreveu. “Estamos revoltados com eles, não com você. Por favor, lute contra eles até os nossos tribunais superiores e vença”.

Na semana passada, a Comissaria de eSegurança da Austrália mencionada por Musk, um regulador independente, ameaçou o Twitter/X e outras empresas de mídia social com pesadas multas se não removessem os vídeos do esfaqueamento na igreja assíria.

O Twitter/X argumentou que a ordem “não está dentro do escopo da lei australiana”.

Entenda o caso

Na terça-feira, 16, imagens capturadas de uma transmissão ao vivo de uma missa mostraram o momento em que o bispo Mar Mari Emmanuel fala no altar da igreja assiria Christ The Good Shepherd, no subúrbio de Sydney, quando um de moletom preto se aproximou do religioso e puxou uma arma branca e o esfaqueou mais de cinco vezes.

Esse incidente, que as autoridades australianas chamaram de ato de terrorismo, resultou na hospitalização do bispo, com lacerações na cabeça.

Imagens viralizaram

As imagens se espalharam pelas plataformas de mídia social. A comissária de eSegurança da Austrália, Julie Inman Grant, ordenou que os sites retirassem o conteúdo do ar.

A Meta, proprietária do Facebook, do Instagram e do WhatsAppa, concordou, enquanto a empresa de Musk, o Twitter/X, ameaçou com ações legais numa tentativa de enfrentar a censura.

Grant buscou o tribunal antes de Musk e obteve uma liminar de dois dias contra a plataforma para bloquear o conteúdo na Austrália.

Quem é o bispo esfaqueado

O bispo Emmanuel ganhou notoriedade nas redes sociais após se manifestar contra o lockdown na Austrália em 2021, durante a .

A transmissão ao vivo do ataque contra ele levou a um tumulto nas ruas com até 2 mil pessoas em protesto, segundo as autoridades. Dezenas de policiais teriam ficado feridos. Seis paramédicos tiveram de buscar abrigo na igreja e quase cem carros foram danificados.

Um adolescente de 16 anos foi indiciado na sexta-feira 19 pelo ataque, com uma acusação de terrorismo federal.

Fonte: revistaoeste

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