Dono do Twitter, o excêntrico bilionário Elon Musk anunciou nesta quinta-feira, 11, sua saída do cargo de diretor-executivo da rede social e afirmou já ter selecionado uma mulher para ocupar a vaga de CEO, sem divulgar o nome de sua sucessora.
Segundo o empresário, ele deixa a função para atuar como presidente-executivo e diretor técnico (CTO) da empresa para supervisionar “produtos, software e sysops”.
A decisão ocorre em meio a rumores de que funcionários da Tesla, empresa de automóveis e de armazenamento de energia também liderada por Musk, estariam preocupados com o longo tempo dedicado pelo empresário às mudanças na plataforma de mídia social, colocando suas outras posses em segundo plano.
Com o anúncio de saída, as ações da Tesla subiram em 2%. O americano também é diretor executivo da fabricante de foguetes SpaceX.
Excited to announce that I’ve hired a new CEO for X/Twitter. She will be starting in ~6 weeks!
My role will transition to being exec chair & CTO, overseeing product, software & sysops.
— Elon Musk (@elonmusk) May 11, 2023
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Em outubro do ano passado, assim que oficializou a compra da rede social por 44 bilhões de dólares (cerca de 216 bilhões de reais), o empresário demitiu o então CEO, Parag Agrawal, e outros líderes seniores. No mês seguinte, ele comunicou o corte de quase 80% da equipe da rede e relatou o seu desejo de selecionar um novo chefe para administrar o Twitter.
Ainda no ano passado, o bilionário disponibilizou, através da sua conta, uma pesquisa sobre qual seria o futuro da plataforma desejado pelos usuários. Cumprindo o resultado, ele disse que pretendia “renunciar ao cargo de CEO” quando encontrasse “alguém tolo o suficiente para aceitar o cargo”. Em dezembro, quando testemunhou ao tribunal de Delaware a respeito de uma ação movida por um antigo investidor da Tesla pela compensação recebida pela empresa, ele afirmou que não queria ser diretor-executivo de nenhuma empresa.
Forte defensor da liberdade de expressão, Musk disse que a aquisição do Twitter tinha como objetivo impossibilitar que a plataforma se transformasse em um local de ódio e divisão, bem como para “derrotar” bots de spam, questão chave para a definição do acordo de compra com o conselho da rede social. Sua atuação foi marcada, ainda, pela alteração no sistema de verificação da plataforma e pela suspensão de avisos de desinformação relacionados à Covid-19.
Fonte: Veja