O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abriu um processo nesta quinta-feira, 13, contra seu ex-advogado em US$ 500 milhões, cerca de R$ 2,45 bilhões, por suposta quebra de contrato. Trump afirma que Michael Cohen violou seu dever profissional de agir no melhor interesse do cliente.
A acusação contra Cohen afirma ainda que o advogado fez “declarações impróprias, egoístas e maliciosas sobre seu antigo cliente, seus familiares e seus negócios”. O porta-voz e advogado de Cohen, Lanny Davis, afirmou estar confiante de que o processo fracassaria.
Por mais de uma década, Cohen atuou como advogado do ex-presidente. Ele também chegou a ser vice-presidente da Trump Organization e era frequentemente descrito como o “quebra-galho” de Trump.
Porém, os dois tiveram um desentendimento significativo após a eleição de 2016, quando autoridades começaram a investigar vários assessores de Trump. Em 2018, Cohen foi condenado a três anos de prisão e multa, após se declarar culpado de acusações de fraude e violações de financiamento de campanha.
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Fora da prisão, o advogado se tornou um dos maiores críticos do ex-presidente, marcando presença em diversos programas de notícias. Ele chegou a lançar a um livro e também apresenta um podcast, ambos os quais Trump cita no processo. O livro lançado em 2020 foi criticado pelo ex-presidente, que afirmou que seu Cohen inventou conversas e o chamou injustamente de “racista”.
“O senhor Trump parece mais uma vez estar usando e abusando do sistema judicial como uma forma de assédio e intimidação contra Michael Cohen”, disse Davis, advogado de Cohen, à emissora britânica BBC. “Parece que ele está apavorado com suas ameaças judiciais iminentes e está tentando enviar uma mensagem a outras testemunhas em potencial que estão cooperando com os promotores contra ele.”
Na semana passada, o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, acusou Trump de 34 crimes de falsificação de registros comerciais, no que eles dizem ser um esforço para encobrir pagamentos para comprar o silêncio da ex-atriz pornô, Stormy Daniels, sobre um suposto caso extraconjugal com o ex-presidente. Cohen é considerado uma testemunha-chave nesse caso.
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No dia 4 de abril, Trump compareceu ao tribunal criminal de Manhattan, se tornando o primeiro ex-presidente americano a ser indiciado por acusações criminais, das quais se declarou inocente. Enquanto isso, Cohen admitiu que enquanto atuava como intermediário de Trump facilitou um pagamento de US$ 130 mil, cerca de R$ 639 mil, para Daniels.
Antes do julgamento de Trump, Cohen fez inúmeras aparições na mídia criticando o ex-chefe.
“Ele não é insensível”, disse Cohen à CNN, após o indiciamento de Trump. “Na verdade, ele é muito sensível e tem um ego muito frágil.”
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Fonte: Veja