A ditadura de Nicolás Maduro cercou a casa da mãe de María Corina Machado, líder da oposição no país, na tarde desta terça-feira, 7. A ex-candidata à Presidência da Venezuela divulgou a informação em uma publicação no Twitter/X.
“Há algumas horas, agentes do regime cercaram a casa da minha mãe”, disse María. “Eles colocaram postos de controle em toda a região e sobrevoaram o local com drones. A energia também ‘acabou’ na área.”
Segundo María, sua mãe tem 84 anos e enfrenta problemas crônicos de saúde. “Maduro e companhia, vocês não têm limite para o seu mal”, escreveu a líder da oposição. “Covardes.”
María, que está asilada em algum lugar desconhecido, concedeu uma entrevista coletiva de imprensa nesta terça-feira. Ela informou que participará de uma manifestação na quinta-feira 9, a partir das 11h.
O regime de Maduro, porém, afirmou que vai investigar a líder da oposição por suposta traição à pátria. A medida gerou temor entre apoiadores sobre a possível prisão de María durante o protesto.
A oposição busca apoio para impedir a posse de Maduro, que deve ocorrer na próxima sexta-feira, 10. Além disso, o ex-candidato da oposição à Presidência, Edmundo González, disse que vai à Caracas para ser empossado, mesmo com a promessa da ditadura de que irá prendê-lo.
María Corina e González sofrem com ações contra familiares
González também acusou o regime de realizar ações contra familiares. No Twitter/X, o ex-candidato denunciou que Rafael Tudares, seu genro, foi sequestrado enquanto levava os filhos para escola.
“Homens encapuzados e vestidos de preto o interceptaram, colocaram-no em uma caminhonete dourada, placa AA54E2C, e o levaram embora”, disse Gonzáles. “Neste momento, ele está desaparecido.”
González foi escolhido como candidato da oposição depois que a ditadura de Maduro impediu a candidatura de María Corina. As eleições ocorreram em 28 de julho. O (CNE) da Venezuela, que tem influência do ditador, declarou Maduro como vencedor do pleito.
A oposição, contudo, afirma ter vencido a eleição. Os opositores realizaram uma contagem paralela das atas eleitorais que prova a vitória de González. O CNE se recusou a divulgar oficialmente os documentos. Diversos países contestaram o resultado do pleito.
Fonte: revistaoeste