O ditador da Nicaraguá, Daniel Ortega, apoiado por Lula, anunciou na sexta-feira 9, que confiscou as propriedades dos 222 opositores que foram expulsos do país em fevereiro, depois de serem presos pelo regime de Ortega.
Em comunicado, a “Justiça” do país alega que os dissidentes “cometeram atos contra a soberania, independência e autodeterminação da nação”.
Entre os exilados estão opositores que pretendiam concorrer contra Ortega nas eleições de 2021, mas foram detidos antes da votação.
O regime de Ortega se notabilizou pela prisão de ativistas de direitos humanos e líderes cívicos, além do fechamento de cerca de três mil grupos não-governamentais.
No fim de maio, a ditadura na Nicaraguá tomou a escola católica Santa Luisa de Marillac. Três freiras foram expulsas da instituição de ensino. Dias antes, o governo bloqueou as contas bancárias de três dioceses do país.
Lula não aderiu à declaração conjunta contra os crimes cometidos pelo regime de Daniel Ortega na Nicaraguá em março. O documento foi assinado por 55 países, incluindo governos latino-americanos de esquerda, no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra.
O documento menciona atos ditatoriais do governo de Ortega, como execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, estupros, tortura e privação arbitrária da nacionalidade e do direito de permanecer no país.
O petista chegou a minimizar os atos de Ortega alegando que Jair Bolsonaro era “infinitamente pior”.
Fonte: revistaoeste