A coligação (AD) e os partidos Chega e Iniciativa Liberal (IL), todos de , tiveram um avanço significativo na quantidade de cadeiras conquistadas nas eleições da Assembleia da República de . .
Agora, a direita de Portugal ocupa 135 cadeiras no Parlamento, o que representa um crescimento de 39% em comparação com 2022, quando tinha um total de 97 assentos. Os dados foram divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) do país.
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Sozinho, o partido Chega, criado em 2019, obteve 18,06% dos votos e garantiu 48 cadeiras das 230 disponíveis. Nas eleições legislativas antecipadas de 2022, conseguiu eleger 12 deputados, elevando-se para a posição de terceira maior força política do país. Com o resultado do pleito deste ano, o partido registrou um crescimento de 300%.
Os 48 assentos na Assembleia reforçam o Chega como a terceira maior bancada, atrás da Aliança Democrática (79 deputados), de centro-direita, e do Partido Socialista (77), de centro-esquerda.
Já a Aliança Democrática, coligação formada por Partido Social Democrata (PSD), Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-OO) e Partido Popular Monárquico (PPM), aumentou sua representação no Parlamento de 77 para 79 assentos. Enquanto isso, a Iniciativa Liberal manteve seu número de cadeiras em 8.
A AD pode formar uma coalizão com o Chega para ter maioria no Parlamento e constituir um governo. Ainda é preciso contabilizar os votos dos portugueses que moram fora do país. Os emigrantes são responsáveis pela eleição de quatro deputados.
O resultado das eleições no país lusófono representa o avanço da direita depois de oito anos de governo socialista. As eleições legislativas eram esperadas para 2026, mas foram convocadas depois que o então primeiro-ministro, António Costa, de 62 anos, renunciou ao cargo.
Ele foi alvo de uma investigação por tráfico de influência que envolveu uma busca em sua residência oficial. O ex-premiê assumiu o governo de Portugal em 2015, quando foi eleito pelo Parlamento em uma aliança com a esquerda radical.
Com a vitória da Aliança Democrática, o novo primeiro-ministro de Portugal deve ser Luís Montenegro, advogado e presidente do Partido Social Democrata.
Dentre os deputados eleitos, está o brasileiro Marcus Santos, de 45 anos, conhecido como “Negão do Chega”. Santos saiu do Brasil aos 18 anos para morar nos Estados Unidos e reside em Portugal desde 2009. Ele tem uma mulher e um filho portugueses.
Em entrevista à revista Visão, o político contou que o Chega possui os valores em que ele acredita: “A defesa da família, da pátria e da propriedade”. Antes de ser eleito, Santos fez severas críticas às políticas do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fonte: revistaoeste