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Dezenas de Foguetes do Líbano atingem Israel em resposta aos ataques em Al-Aqsa

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Os militares israelenses informaram nesta quinta-feira, 6, que dezenas de foguetes foram disparados do Líbano contra Israel, em meio a tensões regionais devido a batidas policiais israelenses na mesquita de al-Aqsa em Jerusalém.

Segundo a Força de Defesa de Israel (FDI), cerca de 34 foguetes foram lançados do território libanês em direção ao território israelense, porém a maioria dos projéteis foi interceptada e somente seis chegaram atingir o país.

Diversos vídeos postados nas redes sociais mostraram os foguetes atravessando os céus e sons de explosões à distância. Em resposta, o país fechou seu espaço aéreo. Até o momento, nenhuma morte foi relatada e não se sabe qual grupo Líbano lançou os foguetes.

Um oficial de defesa da FDI relatou à emissora americana CNN que Israel ainda “decidiria o local e a hora” de sua resposta. Outro porta-voz militar israelense afirmou acreditar que o grupo militante que estava por trás dos ataques não era o Hezbollah do Líbano, mas sim o grupo palestino Hamas ou a Jihad Islâmica Palestina.

O exército libanês confirmou que vários foguetes foram lançados do sul do país, porém não deu detalhes sobre o responsável pelos lançamentos. No Twitter, afirmou que encontrou “lançadores de mísseis e vários foguetes destinados ao lançamento” nas proximidades das cidades de Zibqin e Qlaileh, e estava “atualmente trabalhando para desmontá-los”.

O porta-voz internacional e tenente-coronel, Richard Hecht, apontou que a FDI presumiu que “o Hezbollah sabia disso e o Líbano também tem responsabilidade”. No entanto, ele enfatizou várias vezes que as forças armadas viam a Palestina como culpada, e que não representava uma ampliação do conflito para atores fora do conflito direto israelense-palestino.

A agência estatal israelense de notícias informou que o Ministério das Relações Exteriores libanês comunicou que estava pronto para cooperar com as Nações Unidas para tomar medidas que restaurassem “a calma e a estabilidade” no sul, enquanto conclamava “a comunidade internacional a pressionar Israel para parar a escalada”.

O incidente ocorreu apenas um dia que o líder do grupo militante palestino, Hama Ismail Haniyeh, chegou a Beirute para reuniões com autoridades do Hezbollah.

A tensão política não para de crescer nas regiões, principalmente depois que a polícia israelense invadiu a mesquita al-Aqsa em Jerusalém em duas ocasiões distintas nesta quarta-feira 5. A invasão ocorreu enquanto os fiéis palestinos faziam as orações do mês sagrado do Ramadã.

Imagens gravadas dentro da mesquita mostraram oficiais israelenses espancando pessoas com cassetetes e coronhadas, prendendo centenas de palestinos. Porém, a polícia israelense afirmou que entrou na mesquita depois que “centenas de manifestantes” tentaram se proteger lá dentro.

O incidente, que foi condenado no mundo árabe e muçulmano, desencadeou o lançamento de foguetes de retaliação de Gaza contra Israel. O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, disse à CNN que “estamos em um momento muito perigoso”.

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“O que vemos acontecer na fronteira libanesa é obviamente uma consequência, uma reação ao que vimos acontecer em al-Aqsa”, acrescentou Safadi.

Apesar da trégua estabelecida depois da guerra de 2006, Líbano e Israel ainda são considerados estados inimigos. Nos últimos anos, vários lançamentos de foguetes de pequena escala do Líbano provocaram ataques de retaliação de Israel.

Embora poucas baixas tenham sido relatadas – o incidente com maior números de mortos foi uma troca de tiros em 2015, que matou dois soldados israelenses e um pacificador espanhol –, os ataques geram atritos na relação diplomática já deteriorada entre ambos os países.

O ataque foi o maior desde a guerra de 2006 entre os dois países, que deixou cerca de 1.200 libaneses e 165 israelenses mortos em uma troca de tiros, que envolveu um ataque aéreo israelense contra o Líbano e um bloqueio naval e aéreo. Na época, o Hezbollah disparou muitas rodadas de foguetes, atingindo profundamente o território israelense.

Fonte: Veja

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