Acabam de chegar ao Brasil modelos de carros chineses com baixos custos e preços muito competitivos. Com foco nos veículos híbridos e elétricos, duas marcas do país asiático recentemente confirmaram fábricas para a produção desse tipo de automóvel em território brasileiro.
A China está no centro das atenções do mercado automotivo do Brasil, que acaba de receber modelos como o compacto 100% elétrico BYD Dolphin, na faixa de R$ 150 mil, e o SUV híbrido GWM Haval H6, por R$ 214 mil iniciais.
Mais baratas, essas e outras novidades já causam reduções nos preços de carros equivalentes de outras marcas tradicionais e de montadoras chinesas com presença no Brasil.
Guerra de preços entre os diferentes carros e marcas
Nessa “guerra” de preços, carros como o SUV elétrico Peugeot e-2008 ficaram mais baratos — no caso, houve um corte de R$ 50 mil no valor cobrado.
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O mesmo aconteceu com vários modelos da Caoa Chery, que já produz unidades aqui, e da Jac Motors, outras marcas de origens chinesas.
Avanço da indústria automotiva chinesa no Brasil
Segundo análise do consultor Ricardo Bacellar, da Bacellar Advisory Boards, essa nova “invasão chinesa” é diferente da que aconteceu há 15 anos no Brasil, quando as primeiras montadoras do país asiáticos chegaram a solo brasileiro.
De acordo com Bacellar, nos últimos anos a indústria automotiva chinesa avançou enormemente no que diz respeito à qualidade dos respectivos produtos e de eficiência produtiva, especialmente em relação a veículos híbridos e elétricos.
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“A China parou há muito tempo de copiar o design e a tecnologia de marcas ocidentais e passou a desenvolver carros próprios”, avalia Bacellar, em entrevista ao portal UOL. “Essa coisa de carro ‘copiado’ e de baixa qualidade ficou no passado.”
Tal avanço tem feito com que as montadoras chinesas voltem a querer investir fortemente no mercado brasileiro.
Por que o carro chinês consegue ser tão mais barato?
Conforme Bacellar, os seguintes fatores explicam os motivos da China conseguir ser competitiva no mercado global automotivo:
- alto volume de produção dilui os custos. Enquanto no Brasil foi comercializado 1 milhão de carros no primeiro semestre de 2023, no mesmo período, a BYD, sozinha, vendeu 1,2 milhão de unidades no mundo, contra 715 mil da Chery e 520 mil da GW;.
- eficiência produtiva elevada, que também reduz o custo por carro montado;
- liderança no desenvolvimento e na fabricação de baterias e microchips, o que proporciona um custo “imbatível”; d
- mão de obra qualificada e mais barata.
Fonte: revistaoeste