Um país localizado no meio do Oceano Pacífico corre o risco de desaparecer do mapa. está a apenas cinco metros do nível do mar — nas próximas décadas, toda a região pode ser engolida pela água.
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No entanto, o pequeno país com 11 mil habitantes tenta continuar existindo, mesmo depois do desaparecimento. Para isso, a população busca o título de “primeira nação digital do mundo”.
O governo de Tuvalu quer digitalizar desde a configuração física da ilha até as danças tradicionais dos moradores. A ideia é que, digitalmente, a população possa, inclusive, participar de eleições.
“A nação digital vai fornecer uma presença on-line que vai poder substituir nossa presença física e nos permitirá continuar a funcionar como um Estado”, disse o ministro de Comunicação do país, Simon Kofe. Se isso acontecer, o país vai se tornar a primeira nação digital do mundo.
“Nossa terra, nosso oceano e nossa cultura são os bens mais preciosos de nosso povo”, afirmou o governo do país. “Para mantê-los protegidos de danos, não importa o que aconteça no mundo físico, vamos movê-los para a ‘nuvem.’”
Em novembro, a Austrália fechou um acordo para receber os refugiados que podem perder seu território.
Ministro do país discursa na COP26 dentro do mar
Em 2021, Kofe exibiu um vídeo na COP26 no qual discursava de terno e gravata, dentro do mar e com a água até o joelho.
“Estamos afundando, mas o mesmo está acontecendo com todos”, disse o ministro no discurso. “Não importa se sentimos os efeitos hoje, como Tuvalu, ou daqui a 100 anos.”
Nesta semana, o governo do país anunciou o que já foi feito no projeto chamado “Future Now” (Futuro Agora). Simon Kofe informou que o país:
- Mapeou as 124 ilhas e ilhotas que compõem o território;
- Está criando um passaporte digital para que as pessoas possam continuar casando ou participando de eleições de forma on-line; e
- Investiu na infraestrutura nacional de comunicações.
“Um cabo submarino vai fornecer a largura da banda necessária para mover o nosso país para a ‘nuvem’”, informou Kofe.
Como fica a soberania do país
A Convenção de Montevidéu sobre os Direitos e Deveres dos Estados, de 1933, diz que “um Estado consiste em um território definido e em uma população permanente”.
Em setembro deste ano, contudo, o governo de Tuvalu mudou a definição de Estado na sua constituição.
Os novos termos dizem que “o Estado de Tuvalu, dentro do seu quadro histórico, cultural e jurídico, vai permanecer, perpetuamente, no futuro”.
Fonte: revistaoeste