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Descoberta na Amazônia: vídeo mostra nova espécie de cobra gigante

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Na segunda-feira 19, Freek Vonk, professor da , Holanda, publicou um vídeo em seu perfil no Instagram mostrando uma descoberta surpreendente. Vonk nadou ao lado de uma espécie de sucuri-verde. Segundo o pesquisador, a cobra gigante de pigmentação esverdeada é, na verdade, duas espécies distintas.

Vonk explica que as sucuris-verdes, animais comuns no norte da América do Sul (incluindo Venezuela, Suriname e Guiana Francesa), aparentemente pertencem a uma espécie completamente diferente. Apesar da semelhança com outras sucuris (também chamadas de anacondas), a diferença é de 2% a 5,5% — o que, para os critérios adotados pelos pesquisadores, é uma diferença enorme.

Para exemplificar a diferença genética entre a capturada em vídeo das outras sucuris-verdes, Vonk lembra que humanos e chimpanzés são geneticamente diferentes entre si apenas cerca de 2%.

Demos à nova espécie o nome latino Eunectes akayima, a “anaconda verde do norte”. A palavra “akayima” vem de diversas línguas indígenas do norte da América do Sul e significa “grande cobra”.

Freek Vonk

Entusiasmado, o pesquisador explica na legenda do vídeo que a sucuri tem a espessura de um pneu de carro, medindo oito metros de comprimento e pesando mais de 200 kg. “A cobra gigante tem a do tamanho da minha. É um monstro!”, diz o holandês.

A cobra gigante

Popularmente conhecidas como anacondas, as sucuris-verdes eram catalogadas como uma única espécie (Eunectes murinus). Porém, a descoberta revela a existência de um grupo composto por dois tipos genéticos distintos de cobras. A revista científica MDPI Diversity publicou um estudo de 14 pesquisadores de nove países sobre a diferença genética das anacondas.

As anacondas que vivem na região norte da América do Sul se mostraram geneticamente distintas às cobras gigantes do sul, como as anacondas brasileiras.

De acordo com o Estadão, a pesquisa científica está ligada à Universidade de Queensland, na Austrália, e coletou sangue e tecidos de répteis no Brasil, Equador e Venezuela. Os cientistas também analisaram pessoalmente animais em busca de diferenças físicas que pudessem chancelar a descoberta da nova espécie.

Fonte: revistaoeste

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