Arqueólogos norte-americanos encontraram dários usados para pagamentos de soldados mercenários do Império Persa. O pote de ouro com as moedas data de 2.400 anos. Uma raridade!
O grupo escavava na cidade de Notion, oeste da Turquia, quando desenterrarem o achado em um quarto escondido dentro dos restos de uma casa. As moedas tem desenhos de um arqueiro ajoelhado, característico do dárico persa.
“Ninguém jamais enterrou um tesouro de moedas, especialmente moedas de metais preciosos, sem a intenção de recuperá-lo. Então, somente o mais grave infortúnio pode explicar a preservação de tal tesouro”, explicou Christopher Ratté, professor de estudos clássicos da UM e diretor do Projeto Arqueológico Notion.
Descoberta valiosa
Os diários foram usados no final do século VI a.C até a conquista do império persa por Alexandre, o Grande, em 330 a.C.
Esse tipo de moeda de ouro era utilizado principalmente para pagar tropas mercenárias. Junto do dinheiro, foi encontrado um pote, que também fazia parte do império persa.
O arqueiro ajoelhado destaca origens iranianas e Christopher acredita que as moedas foram feitas na capital do governante local persa da Lídia.
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Podem revelar mais
Os pesquisadores tentaram organizar as moedas em uma sequência cronológica a partir de diferenças de estilo.
“Este tesouro fornecerá uma data firme que pode servir como uma âncora para ajudar a fixar a cronologia de toda a sequência de moedas”, explicou o arqueólogo.
De acordo com o contexto histórico, as moedas podem ter sido enterradas durante as disputadas entre persas e gregos, entre 430 e 427 a.C.
Segundo Andrew Meadows, da Universidade de Oxford e ex-curador de moedas do Museu Britânico, o contexto arqueológico do tesouro pode revelar muito.
“Se puder ser estabelecido com precisão por outros meios, nos permitiria ajustar a cronologia da cunhagem de ouro aquemênida. Esta é uma descoberta espectacular, da mais alta importância.”
Ministério autorizou revelação
Em comunicado, os pesquisadores disseram que as moedas foram descobertas em 2023, mas só agora o Ministério da Cultura e Turismo da Turquia tornou público.
O tesouro foi levado para o Museu Arqueológico de Éfeso em Selçuk, na Turquia.
Christopher disse que a maioria dos diários foram encontrados por saqueadores e lamentou que os artefatos históricos caiam nas mãos erradas.
“Um achado arqueológico sem informação contextual é como uma pessoa sofrendo de amnésia — uma pessoa sem memórias”.
Fonte: sonoticiaboa