Um programa de vendas de casas por € 1 na Itália inspirou uma cidade da Croácia a seguir a mesma ideia. O país oferece um programa de venda de propriedades a preços abaixo de R$ 1, na tentativa de atrair novos residentes a “municípios fantasmas”.
As autoridades da cidade croata de Legrad anunciaram casas desabitadas ao preço de € 0,13 euros (R$ 0,71).
O município rural tem apenas 2 mil habitantes e busca atrair famílias jovens para aumentar sua população. Legrad faz fronteira com a Hungria, possui áreas verdes e praia. Sua população diminui desde o colapso do império austro-húngaro, em 1918.
De acordo com o UOL, o motivo do baixo preço é a troca da moeda nacional do país, a kuna, pelo euro, em 2023. A política das casas a baixo custo é conhecida como “casas por 1 kuna”, e a conversão cambial de 1 kuna (preço simbólico da casa) é exatamente 0,13 euros.
Condições para quem deseja a “casa de R$ 1” na Croácia
Conforme apurou a revista norte-americana Forbes, existem algumas condições para quem deseja comprar uma propriedade na cidade. Os candidatos devem ter menos de 45 anos, não ter antecedentes criminais, estar em uma união conjugal, bem como não possuir quaisquer outros bens.
O canal norte-americano CNBC informa que as autoridades locais não especificaram quais seriam os bens. Casais com filhos e que exercerem uma profissão que enfrenta escassez de mão de obra possuem “vantagem”.
Não é a primeira vez que essa cidade recorre à estratégia para chamar a atenção de novos residentes. Conforme o UOL, a iniciativa começou em 2018. Em 2021, 19 propriedades haviam sido colocadas à venda.
“Nós nos tornamos uma cidade fronteiriça com poucas conexões de transporte para outros lugares”, declarou o prefeito da cidade, Ivan Sabolic, à agência de notícias Reuters na época. “Desde então, a população tem diminuído gradualmente.”
De acordo com a rede de comunicação croata HRT, até o momento, cinco casas já foram vendidas desde o lançamento da iniciativa.
“Três famílias já se mudaram, e o que nos encanta é que todas as três famílias receberam um novo membro durante a mudança”, disse Sabolic à HRT. “Isto aumentou o número de crianças nas creches.”
Estêvão Júnior é estagiário da Revista em São Paulo. Sob a supervisão de Bruno Lemes
Fonte: revistaoeste