A cerimônia de coroação do rei Charles III vai acontecer na Abadia de Westminster, em Londres, no próximo sábado, 6, e promete envolver toda a pompa da família real britânica na ocasião. De cetros a anéis cheios de histórias da monarquia, itens de luxo vão fazer parte do evento tão esperado.
Veja abaixo alguns detalhes das joias da coroa que serão usadas, seus ignificados e histórias, conforme informações do Palácio de Buckingham.
Coroa de Santo Eduardo
O ápice da cerimônia vai acontecer quando Charles III receber a a histórica Coroa de Santo Eduardo, usada desde a coroação do rei Charles II, em 1661, depois que a monarquia foi restaurada após a república de 10 anos de Oliver Cromwell. Ela foi retirada da Torre de Londres em dezembro para modificações visando o evento em maio.
A coroa, que pesa cerca de 2,2 kg, é composta por uma moldura de ouro maciço cravejada de rubis, ametistas, safiras, granadas, topázios e turmalinas, e tem uma tampa de veludo com uma faixa de arminho. Ela substituiu uma coroa original que supostamente remonta ao rei anglo-saxão da Inglaterra do século 11, Eduardo, o Confessor.
Coroa Imperial do Estado
Charles também vai usar a Coroa Imperial do Estado no final do serviço. A coroa, que pesa cerca de um quilo, é mais comum por ser utilizada regularmente pelos monarcas britânicos em ocasiões oficiais, como a Abertura do Parlamento.
Feita para a coroação do avô de Charles, George VI, em 1937, a coroa é cravejada com 2.868 diamantes em montagens de prata, incluindo o Cullinan II de 105 quilates, a segunda maior pedra lapidada do Diamante Cullinan, que foi doado pelo governo do Transvaal da África do Sul para Edward VII em seu aniversário, em 1907.
Além do Cullinan II, ela também conta com o grande “Rubi do Príncipe Negro”, junto com 17 safiras, 11 esmeraldas e 269 pérolas, incluindo algumas das quais teriam sido compradas como brincos pela monarca Tudor, Rainha Elizabeth I.
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Cetro do Soberano com a Cruz
O maior diamante lapidado incolor do mundo, o diamante Cullinan 1, também conhecido como a Estrela da África, de 530 quilates, foi colocado no cetro de ouro enfeitado que tem sido usado em todas as coroações desde 1661. Embora tenha sofrido várias alterações durante os séculos, representa o poder temporal do soberano e está associado ao bom governo.
Cetro do Soberano com a Pomba
Datado de 1661, é o segundo cetro utilizado na cerimônia e representa o papel espiritual do monarca. O cetro é composto por uma haste de ouro em três seções, montada com diamantes, rubis, esmeraldas e safiras. No topo está uma pomba esmaltada com asas abertas, que representa o Espírito Santo.
Orbe do Soberano
A Orbe do Soberano, outro item encomendado para a coroação de Charles II, é um globo de ouro com uma cruz montada no topo, cercado por um anel de diamantes, esmeraldas, rubis, safiras e pérolas com uma grande ametista no topo. É uma representação da soberania cristã.
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Anel de Coroação
Conhecido como “a aliança de casamento da Inglaterra”, o Anel de Coroação é composto por uma safira com uma cruz de rubi repleta de diamantes. O item foi feito para a coroação do Rei William IV, em 1831, e é usado em todas as coroações desde então, simbolizando a dignidade real.
Espadas e Bastões
Várias espadas estarão presentes na procissão da coroação. Entre elas, a Espada do Estado, que simboliza a autoridade real e foi feita por volta de 1678, e foi usada na investidura de Charles como Príncipe de Gales, em 1969. Também estarão presentes a Espada da Justiça Temporal, a Espada da Justiça Espiritual e a Espada da Misericórdia, que foram usadas pela primeira vez na coroação de Charles I, em 1626.
Dois bastões feitos de prata dourada sobre carvalho e datadas entre 1660 e 1695, também estarão presentes. Estes são os emblemas cerimoniais de autoridade que são levados perante o soberano em eventos como a Abertura do Parlamento.
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Colher de Coroação
A colher de prata dourada é a peça mais antiga utilizada, provavelmente feita para Henrique II ou Ricardo I no século XII. Foi usado para ungir King James 1 em 1603 e apareceu em todas as coroações desde então.
Braceletes
Nos pulsos do soberano são colocados dois arminhos, braceletes dourados que representam a sinceridade e a sabedoria. Especialistas acreditam que esses símbolos representam a cavalaria e a liderança militar. Datando de 1661, foram usados em todas as coroações do rei Charles II até o rei George VI, em 1937, com novos armilares especialmente preparados para a rainha Elizabeth II, em 1953.
Fonte: Veja