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Coroa britânica nega pedido de repatriação do corpo do príncipe etíope ao seu país de origem

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Apesar dos constantes pedidos do governo da Etiópia, o Palácio de Buckingham recusou um novo pedido para devolver os restos mortais de um príncipe etíope, que foi sepultado no Castelo de Windsor, na Inglaterra, no século XIX. As informações foram divulgadas pela mídia local nesta terça-feira, 23.

Após o saqueamento da cidadela imperial da sua família, na Batalha de Maqdala, em 1868, Alemayehu foi capturado pelo Exército britânico aos 7 anos de idade, órfão após a morte de toda sua família.

A rainha teria, então, se interessado pelo menino e financiado a sua educação nas prestigiadas escolas de Rugby e de Sandhurst. Marcado por uma infância infeliz, contudo, o príncipe aos 18 anos. Seu enterro também foi providenciado pela monarca.

“Queremos seus restos mortais de volta como família e como etíopes, porque esse não é o país em que ele nasceu”, reforçou um dos descendentes reais, Fasil Minas, à emissora britânica BBC.

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Sepultados na Capela de São Jorge do Castelo, os restos mortais de Alemayehu têm sido alvo de disputas entre Reino Unido e Etiópia há cerca de 150 anos.

Em 2006, o então presidente etíope, Girma Wolde-Giorgis, escreveu à rainha Elizabeth para que o corpo fosse exumado. O pedido, no entanto, foi negado em que justificou: “Enquanto Sua Majestade era a favor do repatriamento […] não seria possível identificar os restos mortais do jovem príncipe Alemayehu”.

A ossada do jovem príncipe foi adicionada a um túmulo com outras nove, sendo impossível identificá-la corretamente, de acordo com a realeza britânica. Mesmo com a argumentação, o pedido foi refeito por diferentes frentes ao longo dos anos e endossado por figuras públicas, como o poeta britânico Lemn Sissay.

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Em um relatório enviado à BBC, a coroa britânica alega que retirar os restos mortais do membro da realeza etíope seria inviável sem que fossem afetados outros corpos situados em catacumbas na Capela. A realeza teria, ainda, “a de preservar a dignidade do falecido”.

“É muito improvável que seja possível exumar os restos mortais sem perturbar o local de descanso de um número substancial de outras pessoas nas proximidades”, disse o porta-voz do palácio.

Fonte: Veja

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