A Assembleia Popular Suprema da Coreia do Norte votou pela anulação de todos os acordos assinados com a de promoção da cooperação econômica. As informações foram divulgadas pela agência estatal KCNA, nesta quarta-feira, 7.
Entre as leis anuladas está uma que regulamentava a operação turística no Monte Kumgang, que fica no lado norte-coreano.
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As excursões à montanha eram um dos símbolos da cooperação econômica iniciada durante um período de engajamento entre as duas Coreias no início dos anos 2000. Cerca de 2 milhões de sul-coreanos visitaram o local.
O projeto acabou em 2008, depois que um turista sul-coreano entrou em uma área restrita e foi morto por guardas norte-coreanos.
Pyongyang disse que, agora, considera os vizinhos do Sul como inimigos de guerra. No ano passado, o governo da Coreia do Norte já havia interrompido um pacto militar de 2018 para reduzir as tensões na região de fronteira.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol chamou a mudança na política da Coreia do Norte de “extraordinária”.
“O que não mudou é que o Norte tentou, por mais de 70 anos, nos transformar em comunistas”, declarou Yoon. “Ao fazer isso, [a Coreia do Norte] percebeu que suas armas convencionais eram insuficientes e passou a desenvolver armas nucleares.”
O presidente da Coreia do Sul tem adotado uma linha dura contra os vizinhos do Norte. Ele afirmou que continua aberto ao diálogo com Pyongyang, até mesmo para uma reunião com o ditador Kim Jong-un.
Desde que assumiu o poder em 2011, Kim pressionou a Coreia do Norte a desenvolver armas nucleares e mísseis balísticos de vários alcances, aumentando a tensão com a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
Fonte: revistaoeste