Na China, a empresa Broad Group construiu um prédio residencial de dez andares em apenas 28 horas. A estética do edifício chama atenção, porque é similar aos brinquedos da marca Lego.
Para tirar o projeto do papel e atender à demanda por moradia na china, a Broad Group usou materiais pré-fabricados. Até mesmo as paredes são peças de concreto produzidas previamente, que, ao longo da construção do prédio, conectam-se umas às outras.
A construtora chinesa içou parte por parte com guindastes, para depois completá-las com fiação e os acabamentos, como os revestimentos.
Entenda a técnica usada pela China para construir um prédio em apenas 28 horas
A técnica utilizada pela Broad Group também é comum no Brasil, apesar dos entraves burocráticos para aplicá-la. Reportagem publicada na Edição 176 da Revista Oeste mostra em detalhes como as leis brasileiras impedem as empresas de atuar com eficiência no setor de construção.
Gestor de qualidade em construções similares à observada na China, o brasileiro Flávio Vicente do Nascimento, de 42 anos, trabalha no ramo desde 2001.
“As empresas brasileiras usam essa técnica principalmente em obras de industriais, comerciais e galpões”, explicou Nascimento. “O Brasil possui tecnologia, insumos e mão de obra que permitem uma construção tão rápida quanto a chinesa. Talvez a falta de investimentos e incentivos inviabilizem tal prática.”
Em 2010, o gestor de qualidade atuou na construção de um túnel no litoral de São Paulo. Assim como na China, as empreiteiras brasileiras usam máquinas pesadas e realizam operações completares. A intenção: aumentar a produtividade.
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“A montagem das peças é relativamente rápida”, disse Nascimento. “Mas requer muita atenção, em virtude do trabalho contínuo de guindastes e peças de grande dimensão e pesadas. Para agilizar, é comum realizar as etapas completares, que envolvem fiação e o revestimento. Isso gera um grande ganho de prazo.”
Fonte: revistaoeste
