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Com o poder econômico em ascensão, 19 países buscam ingresso no Brics

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À vésperas de uma cúpula anual na Cidade do Cabo, na África do Sul, os Brics receberam “propostas de adesão de 19 nações”, de acordo com Anil Sooklal, embaixador sul-africano no bloco formado por Brasil, Rússia, , China e África do Sul.

Segundo o representante, “treze países pediram formalmente para aderir e outros seis pediram informalmente. Estamos recebendo inscrições para participar todos os dias”. No encontro, “o que vai ser discutido é a expansão dos Brics e as modalidades de como isso vai acontecer”, disse na segunda-feira, 24, à Bloomberg.

Desde a sua formação, ainda como Bric, em 2006, o grupo adicionou apenas um novo membro, a África do Sul, em 2010. Em fevereiro, foi informado que Arábia Saudita e Irã estão entre os países que pediram formalmente para ingressar. Se juntam a eles Argentina, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Egito, Bahrein e Indonésia, juntamente com duas nações da África Oriental e uma da África Ocidental, que ainda não foram identificadas.

A conversa sobre expansão foi iniciada em , quando a China estava presidindo o bloco, enquanto a segunda maior economia do mundo tenta construir influência diplomática para conter o domínio dos países desenvolvidos nas Nações Unidas. Porém, a ampliação gera preocupação entre os outros membros por conta do tamanho da influencia chinesa, que tem um produto interno bruto que representa o dobro do tamanho de todos os outros quatro membros do Brics juntos.

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Os ministros das Relações Exteriores dos cinco Estados membros confirmaram que participarão das discussões que vai acontecer de 2 a 3 de junho.

Os Brics começaram como bloco otimista para descrever quais eram as economias de crescimento mais rápido do mundo na época. Porém, embora o momento econômico positivo para esses países tenha passado, analistas acreditam que a aliança está se estabelecendo como uma alternativa aos fóruns financeiros e políticos internacionais existentes. A sigla agora se vende como “um modelo alternativo ao G7”.

“O mito fundador das economias emergentes desapareceu”, analisou Günther Maihold, vice-diretor do Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança, ao alemão Deutsche Welle. “Os países do Brics estão vivendo seu momento geopolítico.”

A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, disse que o interesse mundial no grupo Brics é “enorme”. “Depois de definirmos os critérios [para entrada], tomaremos a decisão”, disse ela, observando que o tópico de expansão vai ser colocado na agenda da próxima cúpula.

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Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro do ano passado, os Brics se distanciaram ainda mais do chamado Ocidente, por exemplo. Nem Índia, Brasil, África do Sul ou China se juntaram ao movimento de sanções contra a Rússia. O comércio entre Nova Delhi e Moscou chegou em níveis históricos e a dependência brasileira dos fertilizantes russos também deixou essa situação cada vez mais clara.

“Diplomaticamente, a guerra na Ucrânia parece ter traçado uma linha divisória rígida entre uma Rússia apoiada pelo leste e o Ocidente”, disse Matthew Bishop, cientista político da Universidade de Sheffield, para o Economics Observatory. “Consequentemente, alguns formuladores de políticas europeus e americanos temem que os Brics possam se tornar menos um clube econômico de potências emergentes que buscam influenciar o crescimento e o desenvolvimento global e mais um clube político definido por seu nacionalismo autoritário.”

Entretanto, para muitos analistas, os Brics não são uma aliança contra o Ocidente, mas um fórum para aumentar o pensamento soberano e autônomo. Para eles, África do Sul, Índia e Brasil estão simplesmente “competindo por melhores condições”. Enquanto isso, a China usa a plataforma para suas ambições políticas globais, apontando as ofertas de Pequim para mediar a guerra na Ucrânia e os exercícios militares conjuntos que realizou com a Rússia na África do Sul.

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Fonte: Veja

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