O informou que recebeu, em junho, uma carta da Associação Internacional de Boxe (IBA) com resultados de testes de gĂȘnero das pugilistas Imane Khelif, da ArgĂ©lia, e Lin Yu-ting, de Taiwan.
Apesar de acusadas de falharem nos testes, ambas continuam competindo na , organizada pelo COI. A presença das atletas nos Jogos gerou controvérsia nas redes sociais, onde foram acusadas de não serem mulheres.
O diretor de comunicação do COI, Mark Adams, afirmou que a carta da IBA foi ignorada porque âos testes nĂŁo sĂŁo legĂtimosâ e para proteger a privacidade das atletas.
âMesmo a forma como esse material foi compartilhado Ă© contra a Ă©ticaâ, afirmou. âSĂŁo ataques graves aos direitos das mulheres envolvidasâ. Ele acrescentou que âo mĂ©todo, a ideia do teste, feito da noite para o dia, nada disso Ă© legĂtimo nem merece resposta, muito menos em detalhe.â
O COI defende as pugilistas, afirmando que nĂŁo sĂŁo homens nem trans. O critĂ©rio utilizado para a competição Ă© o gĂȘnero no passaporte. Imane Khelif e Lin Yu-ting estĂŁo classificadas para as semifinais das categorias atĂ© 66 kg e atĂ© 57 kg, respectivamente, garantindo pelo menos a medalha de bronze.
A relação entre COI e IBA Ă© tensa desde que o comitĂȘ retirou da IBA a organização do boxe olĂmpico em 2019 por âfalta de credibilidade e governançaâ. Recentemente, o presidente da IBA, Umar Kremlev, criticou o presidente do COI, Thomas Bach, em um vĂdeo no YouTube.
O posicionamento da Associação Internacional de Boxe
Em nota, a IBA reafirmou que Khelif e Lin deveriam estar proibidas de competir e questionou a segurança no ringue. O presidente da IBA defendeu a decisão com base em testes de DNA, afirmando que as atletas tentaram enganar seus colegas.
A polĂȘmica ganhou força depois da luta de Imane Khelif contra a italiana Angela Carini, que desistiu com 46 segundos de combate devido Ă dor. Mais tarde, Carini se pronunciou sobre a polĂȘmica e respeitou a decisĂŁo do COI de permitir a competição de Imane.
Iâm so angry at the IOC they learn nothing from history or science & women continually pay the price pic.twitter.com/jklZXUq6Mx
â Sharron Davies MBE (@sharrond62) August 1, 2024
JĂĄ o ComitĂȘ OlĂmpico Argelino (COA) defendeu Imane, classificando as acusaçÔes contra ela como âmentirasâ e âataques antiĂ©ticosâ. A argelina afirmou que a polĂȘmica a afetou psicologicamente, mas tambĂ©m a motivou a lutar.
Ex-campeĂŁo alertou o COI sobre âlutadores masculinosâ no boxe feminino
O ex-campeĂŁo mundial de boxe IstvĂĄn KovĂĄcs informou ao jornal hĂșngaro Magyar Nemzet, na Ășltima sexta-feira, 2, que alertou o ComitĂȘ OlĂmpico Internacional (COI) de que hĂĄ âhomens competindo no boxe feminino desde 2022, mas nenhuma ação foi tomadaâ. As informaçÔes sĂŁo do portal canadense .
De acordo com IstvĂĄn KovĂĄcs, que hoje Ă© vice-presidente europeu da Organização Mundial de Boxe, ânĂŁo se trata do nĂvel de testosterona [de Khelif] , mas de gĂȘnero, pois foi comprovado que Ă© biologicamente masculinoâ.Â
Ele ainda acrescentou que outros cinco boxeadores, que se identificam como mulheres, foram examinados pela Associação Internacional de Boxe, e todos eram homens.
IstvĂĄn KovĂĄcs afirmou que reportou o resultado imediatamente ao COI. âMas, por incrĂvel que pareça, nĂŁo responderam atĂ© hojeâ, ressaltou.Â
Ele ainda disse que desencorajou a boxeadora hĂșngara Anna Luca Hamori de prosseguir com sua luta olĂmpica contra Imane Khelif, marcada para este domingo, 3. .
Fonte: revistaoeste