O cientista Vincent Lyne, da Universidade da Tasmânia, na , afirma ter encontrado o avião MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde 2014. Depois de decolar de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo, o voo desapareceu sem deixar vestígios, enquanto sobrevoava o Golfo da Tailândia. O caso tornou-se um dos maiores mistérios da aviação.
De acordo com o jornal americano New York Post, a descoberta de Lyne, que atua no instituto de estudos Marinhos e Antárticos, se baseia em um artigo de pesquisa de 2021, publicado pelo Journal of Navigation.
Para o pesquisador, o avião caiu deliberadamente. Em uma postagem no LinkedIn, Lyne diz que os danos causados a asas, flaps e flaperons do avião remetem a um “pouso controlado”, algo semelhante ao do Capitão Chesley “Sully” Sullenberger, ocorrido no Rio Hudson, em 2009.
Como o próprio Vincent Lyne escreve em seu artigo, esse trabalho muda a narrativa do desaparecimento do MH370. Desde o incidente, acreditava-se em um desaparecimento sem culpa, “com falta de combustível no 7º arco, mergulho em alta velocidade, para um piloto genial, que quase executou um desaparecimento perfeito no Oceano Índico Meridional”, escreveu ele.
O cientista ressalta que teria funcionado se não fosse pela colisão da asa direita com uma onda e a descoberta das comunicações de interrogatório via satélite pela Inmarsat.
Lyne revela análises de Larry Vance, ex-investigador-chefe canadense de acidentes aéreos, mostrando que a aeronave da Malaysia Airlines tinha combustível e motores em funcionamento quando sofreu um “pouso controlado”. Derruba-se, portanto, a hipótese de um acidente em alta velocidade por falta de combustível.
Para o pesquisador, a localização sugerida necessita de verificação com alta prioridade. “Se será ou não pesquisada, cabe às autoridades e empresas de busca decidirem”, enfatiza em seu artigo. “No que diz respeito à ciência, sabemos por que as buscas anteriores falharam e, da mesma forma, a ciência indica de forma inequívoca onde o MH370 está. Em suma, o mistério do MH370 está completamente resolvido pela ciência.”
De acordo com radares militares, o MH370 abandonou sua rota de voo, voltou para o norte da Malásia e para a Ilha de Penang. Na sequência, seguiu em direção ao Mar de Andamão, em direção à ponta de Sumatra, na Indonésia. Em seguida, virou para o sul, quando o contato acabou sendo perdido.
Autoridades da Malásia, Austrália e China seguiram todas as pistas possíveis para desvendar o paradeiro do avião. Os países lançaram até mesmo equipes de busca subaquática numa área de 120 mil km², no sul do Oceano Índico.
A procura por dois anos custou cerca de US$ 200 milhões. À época, o equivalente a R$ 655 milhões. A busca, no entanto, acabou sendo cancelada em 2017, sem que nenhum vestígio fosse encontrado.
Fonte: revistaoeste