O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, disse nesta segunda-feira, 12, apoiar uma proposta feita por alguns executivos da área da Inteligência Artificial (IA) de criar um órgão internacional de vigilância da nova tecnologia, à exemplo do que já é feito com energia nuclear Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
“Eu seria favorável à ideia de que poderíamos ter uma agência de inteligência artificial inspirada no que é hoje a agência internacional de energia atômica”, comentou
Apesar de Guterres afirmar que criar uma instituição seria “muito interessante”, somente os Estados-membros podem criar a agência, não o secretariado das Nações Unidas. A IAEA, por exemplo, sediada em Viena e criada em 1957, promove o uso seguro, protegido e pacífico de tecnologias nucleares, enquanto observa possíveis violações do Tratado de Não Proliferação.
A tecnologia de IA generativa, técnica de algoritmos de aprendizado de máquina que produz conteúdo a partir de informações que já existem, cativou o público desde que o ChatGPT foi lançado, há mais de seis meses. No entanto, a inteligência se tornou um foco de preocupação desde que descobriram sua capacidade de criar imagens deepfake e outras desinformações.
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“Os alarmes sobre a mais recente forma de inteligência artificial, IA generativa, são ensurdecedores. E são mais altos vindos dos desenvolvedores que a projetaram”, disse Guterres a repórteres. “Devemos levar esses avisos a sério”.
O secretário-geral anunciou planos para começar a trabalhar até o final do ano em um um órgão consultivo de IA de alto nível para revisar regularmente os acordos de governança da nova tecnologia e oferecer recomendações sobre como eles podem se alinhar com os direitos humanos, o estado de direito e o bem comum.
O criador do ChatGPT, Sam Altman, afirmou no mês passado que um órgão como a AIEA poderia impor restrições à implantação da tecnologia, além de verificar os padrões de segurança. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, também apoiou a ideia e comentou que deseja que o Reino Unido seja o lar da regulamentação global de segurança da IA.
Fonte: Veja