O Catar anunciou no sábado 9 a suspensão de seus esforços para mediar um cessar-fogo na , devido à falta de progresso nas negociações entre e o grupo terrorista .
A decisão ocorre depois de mais de um ano de tentativas de usar a presença política do Hamas no Qatar para promover um acordo com o objetivo de encerrar o conflito e libertar os reféns detidos pelo grupo militante.
Autoridades informadas sobre a situação revelaram que o Catar pediu aos líderes políticos do Hamas que deixassem o país, onde mantêm um escritório, como parte de uma estratégia para pressionar por avanços nas negociações.
Essa decisão foi coordenada com os e comunicada às partes envolvidas há cerca de 10 dias, conforme fontes próximas ao governo qatari.
Pressão internacional
Um alto representante da administração de Joe Biden destacou que, após a rejeição do Hamas a propostas repetidas para a liberação de reféns, “seus líderes não deveriam mais ser bem-vindos nas capitais de qualquer parceiro americano”.
Essa postura reflete a crescente frustração dos aliados ocidentais com a falta de progresso concreto no conflito.
Em comunicado, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar negou a precisão dos relatos sobre o fechamento do escritório do Hamas em Doha, mas confirmou que as tentativas de mediação estão atualmente suspensas.
O ministério informou que o Catar notificou estados unidos, Israel e Hamas de que, se um acordo não fosse alcançado na última rodada de negociações, seus esforços de mediação seriam interrompidos.
Possibilidade de retomada das negociações para cessar-fogo
O Catar deixou claro que retomaria seu papel de mediador apenas quando as partes envolvidas demonstrassem disposição e seriedade para acabar com o conflito armado.
No entanto, essa suspensão pode ser revisada se houver sinais de que as posições de Israel e Hamas estejam se aproximando.
Enquanto isso, líderes do Hamas negaram ter recebido qualquer pedido para deixar o Qatar, evidenciando as mensagens conflitantes em torno do assunto.
A complexa situação reflete o delicado equilíbrio que o Catar, um pequeno país rico em hidrocarbonetos, precisa manter ao navegar em suas relações com o Ocidente e seus laços regionais.
Fonte: revistaoeste